Há certos maestros arranjadores que conseguem, em cada época descobrir o exato gosto da classe média e com isso garantir excelentes vendas, para seus elepês. Já houve a época de Glen Miller, outra de Harry James, depois vieram Ray Conniff, Ray Anthony, Billy Vaughan, Mantovani, André Kostalenetz e Percy Faith. Hoje, o mercado é de Paul Mauriat, marselhês, de bom gosto e boas idéias [harmônicas], que tem todos os seus discos consumidos avidamente pelo fã-padrão da música internacional .

1 - Sempre que aparece um cantor francês na praça o nome deve ser anotado, tão raros são os lançamentos no setor, uma vez que as fábricas preferem, sempre, apenas insistir nos nomes consagrados (Aznavour, Becaud, etc.) do que mostrar os novos artistas da velha França. "Tant qu'il aura..." (CBS Epic, 5.01.404.053.77) traz um novo cantor chamado Dave, que com bons arranjos de G. Matteoni, mostra uma série de músicas novas, a maioria do próprio Matteoni, em parceria com L. Oiscau. Pena que nada se saiba a respeito deste Dave, mas cuja voz agrada.

Quatro lançamentos da Phonogram destinados ao consumo imediato, dentro de uma fórmula tantas vezes utilizada e sempre apresentando bons resultados. Vamos aos registros. AS 10 CANÇÕES MEDALHA DE OURO - nº2 (Philips 6325116)

Até hoje a Phonogram já editou 16 LPs da orquestra de Paul Mauriat, mas cabe a menor das gravadoras brasileiras - a Imagem, do bravo Jonas Silva - o mérito de lançar agora, neste início de 74, o melhor disco já feito pelo maestro francês: "Success de Toujours" (Musidisc-Europe/Imagem, 5048, janeiro-74), um momento realmente mágico na imensa obra de Mauriat, um dos mais comunicativos músicos europeus.