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Aramis

O som do velho Alpert ainda com muita bossa

Ah! Anos 60! Ouvia-se um som latino, mas com um glamour diferente, que embalava jovens corações. Era a época de "A Taste of Honey" com uma banda muito especial: a Tijuana Brass, liderada por Herb Alpert. Um pistonista, compositor, arranjador e produtor que acertou na mosca em termos de música para consumo realizado com dignidade artística. Tanto é que emplacou inúmeros sucessos a partir de 1962 e com o produtor Jerry Moss formaria uma das etiquetas mais lucrativas - a A&M Records, que, entre outros contratados, teve o brasileiro Sérgio Mendes, pianista saído dos tempos pioneiros da Bossa Nova que fez a América. O tempo passou e Herb Alpert continua em seu estilo. Hoje mais executivo fonográfico do que propriamente músico, este americano de Los Angeles, 56 anos completados no último dia 13 de março, há muito já poderia ter se aposentado, pois os lucros capitalizados nos áureos tempos da Tijuana Brass foram imensos: 13 sucessos entre 1962/67 e 33 elepês que a partir daí escalaram posições privilegiadíssimas. Evidentemente que para quem já vendeu 75 milhões de cópias (e com os quais ganhou 15 discos de platina e sete Grammy) a carreira não se encerra. Tanto é que em seu 34º lp ("North On South St", A&M/Polygram), significa algumas mudanças em seu estilo tradicional. Começou ao solicitar a Chris Boyd, seu produtor executivo, referências musicais para a escolha de pessoal para o projeto e disto resultou o encontro com os negros Robert Jerald, Jimmy B e Troy Station, vindos da dance-music. Assim rap, funk, hip-hop - estes novos ritmos se integraram ao pistão de Herb Alpert, que abre o disco com "Nump Street", em que há pitadas de salsa e ritmos latinos ao som do piano acústico de Joe Rotondi. Depois, a dance music, com faixas como "It's The Last Dance", "North On South St." E "Na Na Na", com instrumentos programados eletronicamente por Greg Smith pulsando ao som do trompete e dos vocais de Herb. "Paradise 25" soa mais hip-hop, "Funky Reggae" é uma festa para baixo e percussão. Enfim, aos 56 anos, Há quer provar que está jovem. E consegue...
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
4
25/08/1991

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