A comissão dos presídios
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de julho de 1977
Ontem pela manhã, no gabinete do secretário da Justiça, houve a primeira reunião de uma comissão de alto nível para estudar, pesquisar e verificar a situação do regime penitenciário do Paraná. A idéia do secretário da Justiça foi oportuna: frente [às] críticas e manifestos com denúncias feitas por internos dos presídios do Paraná, contendo sérias acusações, Tulio Vargas não só abriu as portas dos mesmos para visitas da imprensa, como convidou a Ordem dos Advogados do Brasil, Associação dos Magistrados, Associação do Ministério Público e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, para indicar representantes [à] comissão, que, com a maior liberdade, poderá desenvolver um trabalho imparcial e produtivo.
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Sem tempo fixo de trabalho e fazendo periódicas visitas aos presídios do Estado, a comissão poderá reunir elementos capazes de confirmar ou não as acusações. Um trabalho difícil, delicado, que exigirá habilidades detetivescas de seus integrantes, já que a primeira etapa será conquistar a confiança dos internos, fazendo-os entender que a comissão é totalmente independente e a ela só interessa a verdade. As primeiras visitas serão feitas no decorrer desta semana e da comissão fazer parte o juiz Jayme Munhoz Gonçalves, o promotor Miguel Lima Moreira, o advogado Antonio Acir Breda e o vice-presidente do Sinticato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.
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