Walkyria & Gaivota
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de setembro de 1983
Walkyria Geronasso, uma loira professora de inglês, estudante de educação artística, atleta, ex-divulgadora de discos em Porto Alegre, é quem está se preocupando para que a temporada de Paulo Gaivota (Teatro Universitário, 16 a 18, 21 horas) tenha, desta vez, maior repercussão do que suas apresentações anteriores.
Apaixonada pela rnusicalidade do cabeludo Paulo Gaivota (Paulo Sérgio da Cunha), 28 anos, paranaense de Ribeirão do Pinhal, Walkyria distribui releases, fala da multiplicidade do talento deste jovem e inquieto artista, que adotou o nome de "Gaivota" desde que leu, há alguns anos, o best-seller de Richard Bach - "Fernão Capelo Gaivota".
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De Ribeiro do Pinhal para o mundo, é o lema de Paulo Gaivota, que sempre como autodidata, se atira aos versos, a escultura, ao entalhe de madeira, a execução de vários instrumentos musicais e ao canto livre, como pretende mostrar na temporada a partir de sexta-feira no asfixiante espaço do TUC - um dos piores auditórios do País, que não resistiria a uma fiscalização mais rigorosa do Corpo de Bombeiros - mas que, entretanto, é utilizado intensamente.
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Desde 1977 que Paulo Gaivota vem publicando em jornais alternativos seus poemas e participando de salões de arte. Em Jacarezinho obteve um primeiro lugar em entalhe. Como poeta tem estado em todos os movimentos possíveis. Suspirando apaixonadamente, sua fã maior e divulgadora, Walkyria, explica:
- "A partir desta vivência, sintetizada e agora retransformada em arte, numa retrospectiva artística, o show do TUC reunirá aproximadamente 12 pessoas entre músicos, fotógrafos e artistas plásticos, que de um modo ou outro, fizeram o tempo em algum espaço da história de Gaivota.
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