Gralha Azul
Augusto redescobriu a nossa guerra da carne
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de junho de 1987
As voltas que a história e a política dão, fazem com que um livro lançado há exatamente dois meses por uma editora da cidade - a Gralha Azul -, adquiria, extrema atualidade. "História; Mulher", do jornalista Luiz Augusto Moraes, ao enfocar fatos verídicos ocorridos na provinciana Curitiba de 35 anos passados - e que estavam totalmente esquecidos da história oficial - mostra que os problemas sociais e econômicos continuam os mesmos. E a leitura das 90 páginas deste romance - criado a partir de um pano de fundo real - chegam até a emocionar pela atualidade de alguns fatos.
xxx
Tags:
- A Tarde
- Avenida João Pessoa
- Bem-Estar Social
- Biblioteca Pública do Paraná
- Boca Maldita
- Braz Hotel
- Casas Pernambucanas
- Departamento de História
- Diário da Tarde
- DOPS
- Gazeta do Povo
- Gralha Azul
- João Goulart
- Luiz Augusto
- Luiz Xavier
- Munhoz da Rocha
- Palácio São Francisco
- Polícia Civil
- Praça Zacarias
- Rute Escobar
- UPE
- UPES
O livro que abre uma nova editora
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de junho de 1987
Dos 3 mil exemplares nesta primeira edição de "História, Mulher", aproximadamente 2.000 já foram vendidos. Afora um modesto lançamento ocorrido na loja Funarte, a 27 de abril último, o autor, Luiz Augusto Moraes, tem preferido dar mais atenção a cidades do interior, onde tem feito palestras e debates, do que centrar sua atenção em Curitiba cidade em que se passa sua história.
Uma equipe jovem para tirar poeira do palco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de agosto de 1987
Não se deve fazer comparações, mas a proposta que Marcelo Marchioro desenvolve neste "Do Outro Lado da Paixão", com base nas primeiras informações - e antes mesmo de assistir ao espetáculo (que estreou sexta-feira), lembra aquilo que Antunes Filho tem feito em São Paulo: trabalhar exaustivamente sobre um tema, em torno do qual há uma recriação pessoal. Assim foi feito com "Macunaíma", do texto de Mário de Andrade, Nelson Rodrigues e, mais recentemente, "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa.
A Argentina de Hugo é revisitada no palco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de abril de 1987
Hugo Mengarelli pode ser definido de várias formas: professor, cineasta, dramaturgo, diretor de teatro, etc. Mas antes de tudo é um inquieto em criação que, há 11 anos em Curitiba, já realizou mais de 30 filmes, entre didáticos (para o Centro de Ensino Tecnológico Federal do Paraná), publicitários e curtas e meia-metragens, como "O Mágico" e "A Roça", este concluído no ano passado.
Não chores mais. Argentina!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de abril de 1987
As comparações são inevitáveis. Asssumidamente, o próprio Hugo Mengarelli admite:
- Admirações e influências, quem não as tem?
Assim, a lembrança de "Rasga Coração!", a peça-testamento que Oduvaldo Viana Filho (1936-1974) deixou nas mãos de seu amigo José Renato (e que teria sua estréia nacional em Curitiba, cinco anos depois), é clara. Mas há também referencial de Fellini, Buñuel "e tantos outros que sempre admirei e admiro" diz Mengarelli, em sua linguagem explosiva, num portunhol que dez anos de Brasil não eliminaram.
Tags:
- A Roça
- Antônio Carlos Kraide
- Cone Sul
- Curitiba-São Paulo
- FTG
- Gazeta do Povo
- Gralha Azul
- Hugo Mengarelli
- Ismael Xavier
- José Renato
- La Cumparsita
- Maria Cecília Monteiro
- Marisa Bruning
- Marísia Bruning
- O Eucalipto
- O Mágico
- Oduvaldo Viana Filho
- Rasga Coração
- Sansores França
- Tupaceretan Matheus
- Universidade Federal
- Universidade Federal do Paraná
- Viva Peron
Da gralha aos solitários nos clubes da "Mouraria"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de fevereiro de 1987
A cassação do alvará do Club Um, na Avenida Mateus Leme, não agradou apenas as plácidas irmãs da Ordem do Espírito Santo e aos demais vizinhos daquele "antro de perdição", segundo as opiniões mais radicais. Pelo menos meia dúzia de especuladores imobiliários já estão de olho no magnífico terreno que o Clube Um vinha ocupando, numa das áreas mais valorizadas da cidade.
xxx
O sonoro "Pacoteco" no forró do Partidão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de março de 1986
Se depender dos esforços do compositor Gerson Bietinez, mais de 30 músicos, intérpretes e autores paranaenses estarão fazendo um super-show no "Festão Voz da Unidade" que o Partido Comunista do Brasil promove dias 4 e 6, no Parque São Lourenço.
Uma nova galeria e muitas exposições
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de agosto de 1986
A cidade tem mais uma galeria. Profissional, disposta a dar um sentido da maior dignidade às exposições que promoverá. Para começar, evitando mal entendidos e ferir susceptibilidades, Fernando Velloso, felpuda raposa do meio plástico, mais de 30 anos na área cultural e pintor de grande curriculum, optou por uma coletiva. Assim deu para agradar a muitos e começar a nova galeria - Contemporânea, na Rua Gonçalvez Dias, 164, Batel, com um bom astral.
Gralha Azul, aquele que planta canções
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de junho de 1986
Procissão dos navegantes do Rio Paraná
Porto Rico, São José as águas vão contar
que o povo espera que a miséria parta
e o rio sempre a lhes doar
peixe bom pra seus sustento
esperança de alimento que não vai faltar
Eles cantam juntos já nove anos. A idade varia entre os 25/45 anos e a identificação é o entusiasmo pela música. Alguns são funcionários do Banco do Brasil, outros trabalham no comércio e serviços públicos em Paranavaí. Formam o grupo Gralha Azul, paranistas como a própria ave-símbolo de nosso Estado.
Gralha Azul planta boa música mas não divulga
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1986
Lamentável que o Grupo Gralha Azul, de Paranavaí, não esteja sabendo divulgar melhor o bonito trabalho musical que desenvolve há quase dez anos. Lançando seu terceiro lp, este grupo de gente moça e bem intencionada, não vê seu trabalho encontrar qualquer repercussão maior simplesmente pela falta de comunicação.
xxx