Vinícius de Moraes
Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de abril de 1973
Com relação a versão sempre me ocorre uma reportagem que saiu na revista "O Cruzeiro", Há mais de 20 anos, quando a revista associada era o principal seminário de atualidades (ilustrado) de alcance nacional: "Acabamos com as versões: músicas estrangeira traduzindo é abacaxi". A matéria baseava-se, evidentemente, numa entrevista com um famoso compositor, não me lembro quem, mas que estava preocupado com a invasão de sucesso internacionais, disputando o mercado com a nossa MPB.
Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de abril de 1973
Quando Luiz Pires deixou São Luiz, no Maranhão, para tentar a vida na Guanabara já tinha decidido trabalhar em teatro. Algumas brincadeiras artísticas no grupo em que aprendeu as primeiras letras, o animou a tentar a difícil carreira e assim , como tantos outros jovens idealistas preferiu arriscar muito em busca do pouco que o teatro possa dar, "pois o importante é a realização artística e pessoal" explica. Em São Luiz, ainda, chegou a participar de uma montagem a obra do Vinícius de Moraes e numa peça de um autor local.
Vinícius, como nasce a Poesia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1973
Vinícius de Moraes começa a cuidar na próxima semana, em São Paulo, de um novo disco. Vai chamar-se "Vinícius Triste" e so sairá em novembro, já pela Philips (atualmente Vinícius e Toquinho estão pressos por contrato a RGE). Com produção de Roberto Menescai, o disco mostrará Vinícius com suas melhores músicas, evidentemente temas românticos, com diversos parceiros. Também dirá alguns poemas, inéditos de seu aguardado livro sobre o Rio de janeiro, no qual, no final do ano passado, em Salvador, trabalhou bastante.
PALCOS/SOM/IMAGEM
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de março de 1973
A aparência agradável e jovial, do rapaz que a partir de 1958 integrou o lado mais sadio e talentoso do movimento de renovação da musica popular brasileira: "A Bossa Nova desapareceu porque não era uma entidade: entidade é um Antônio Carlos Jobim, um Sérgio Ricardo, um Vinícius de Moraes, um Carlos Lyra". E acrescenta: "Não estou preocupado em fazer música de consumo no momento de mediocridade porque passamos: - prefiro armazenar, reservar minhas músicas para um novo momento, que deve acontecer".
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Teatro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de abril de 1973
<< Um Grito Parado no Ar >> (Teatro Guaíra, a partir de hoje) se constitui numa das mais auspiciosas estréias da temporada. Pela importância do autor (Gianfrancesco Guarnieri), gabarito do elenco (Othon Bastos e Marilha Overbeck, entre outros) e competência do diretor (Fernando Peixoto) este é um espetáculo que se recomenda e merece a atenção do público que sabe apreciar o bom teatro.
Pau-de-arara
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de março de 1973
Embora admirado pelo público por suas canções românticas, principalmente as que fez em parceria com Geraldo Vandré (Quem Quiser Encontrar o Amor) e Vinícius de Moraes (Minha Namorada, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas), foi uma música inspirada num xaxado que mais rendeu a Carlinhos Lyra em direitos autorais. Pois Lyra - que já chegou a Curitiba para uma série de apresentações - criou o tema "Pau-de-Arara" para o musical "Pobre Menina Rica". Segundo Vinícius de Moraes, autor do libreto, o sujeito existiu: "Eu o conheci. Era um cara muito inteligente e comia gilete em Copacabana".
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Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de abril de 1973
MARIO NEGRÃO, 23 anos, oito de profissional, tem uma explicação para a seriedade com que os bateristas se comportam, em termos musicais:
- << De nosso trabalho depende o equilíbrio do conjunto: somos uma espécie de infra-estrutura do som, da harmonia >> .
Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de abril de 1973
Recuperando, pouco a pouco, seu prestigio no campo das trilhas sonoras, bastante abalado nos últimos meses por algumas produções descuidadas e que nos fazem ter saudades da época em que Nonato Buzar cuidava deste setor da Globo ("O Homem Que Deve Morrer", "Verão Vermelho", "Assim na Terra como no Céu ), a Sigla-Som está colocando nas lojas dois álbuns merecedores de atenção, não apenas dos telespectadores, mas mesmo de quem aprecia a MPB.
TEATRO
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de março de 1973
Para apresentar o espetáculo "...E no entanto é preciso cantar" (Teatro Paiol, hoje e amanhã, 21 horas), o cantor-compositor Carlos Lyra (foto), está pela primeira vez, em Curitiba. Falar da importância do autor de "Marcha da Quarta-Feira de Cinzas" é desnecessário para aqueles que acompanharam a evolução da Bossa Nova, a partir do final dos anos 50.
Teatro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de abril de 1973
A apresentação de "Poeta, Moça & Viola"(Teatro do Paiol, segunda-feira, às 20 e 22 horas) representa mais do que um simples espetáculo da melhor música popular brasileira, a oportunidade do público curitibano assistir um novo "show" que, nas duas capitais anteriores apresentadas - Recife e Porto Alegre - já mostrou o poeta Vinícius de Moraes e seu parceiro Toquinho, mais a cantora Clara Nunes, numa nova etapa de criação.