Vinícius de Moraes
A LUTA PELO SNT
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de março de 1974
Das mais justificáveis a inquietação de alguns grupos ligados ao teatro paranaense no sentido de que o novo Ministro da Educação e Cultura nomeie para a direção do Serviço Nacional de Teatro uma pessoa mais sensível as reivindicações do Sul do Brasil, Pois, por motivos políticos, o atual diretor do SNT, filinto Rodrigues, em sua longa administração nunca sequer preocupou-se em visitar o Paraná, apesar de convidado, oficialmente, várias vezes.
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Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de março de 1974
Cleuza Prinz Salomão é o que se pode chamar de uma "artista de peso". Pois embora seja magra e elegante - em seu discreto charme de mulher morena e tranqüila - ela trabalha com pesado material - ferro, principalmente, e de sólida e aridas formas usalmente e originalmente destinada a fins industriais recria flores, animais e figuras humanas. Curitibana, passou sua infância e adolescente em 17 diferentes Estados, em função de seu pai, oficial do Exercito. De sua vivência em diferentes cidades, adquiriu uma visão global e aprimorou sua cultura e bom gosto.
Panorama
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de março de 1974
Mais um paranaense irá para Brasília: o coronel Arnaldo Maeder Gonçalves foi convidado pelo seu velho amigo cel. Adwaldo Cardoso Brotto de Barros, que assumiu a semana passada a presidência da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos, para chefiar o seu gabinete na Capital Federal.
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Música Popular
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de março de 1974
"Quando se diz que a bossa nova foi o movimento mais importante verificado em nossa música popular nos últimos anos, o que se leva em conta não é apenas a modificação que ela provocou nos rumos da MPB, mas possibilidade que abriu para que aparecessem alguns dos nossos melhores compositores de todos os tempos. Carlos Lyra, sem duvida nenhuma é um deles. A sua importância não se restringe aos limites da bossa nova; o seu nome, historicamente, é tão importante quanto os mais importantes nomes da música popular brasileira".
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Jornal do espetáculo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de março de 1974
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A musicalidade de Francis e a nela sinceridade de Herminio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de março de 1974
Pinheiro comecei a fazer música a apartir de 68: "A ausente", Herança", "Anunciação" e "Talvez"(...) Já Rui Guerra eu conheci depois do Vinícius, numa festinha. E ele, ao contrario, me puxava para canções mais românticas, elaboradas. A primeira música que fizemos foi "Ave Maria" (fase A faixa 5), Fizemos "Requiem", eu fiz a melodia em cima da letra, e é curioso que ela parece ter sido feita no piano mas foi feita no violão. Fizemos "Minha" que não aconteceu, logo depois de gravada.
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Música popular - Esse tal de João Bosco, um mineiro com talento demais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de janeiro de 1974
"E quando acaba a bala?
É no rala-rala? Faca com faca?
Rapa com rapa?
João, heim!? Tua música já atravessou o riacho.
Mineiro, é cedo para o cansaço da controvérsia a respeito da beleza e da parecença.
Há muito a fazer e tem de ser feito.
O Aldir Blanc está com você, o Paulo Emílio e o Cláudio também.
E o urubu sai voando, baixo, manso".
(Antônio Carlos Jobim)
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Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de janeiro de 1974
Em 1959, numa válida experiência fonográfica foi tentada em Salvador, saia pela JS Discos, na Série "Bahia de Todos os Sons" o lp "Apolo II" (JLP nº 9004), com uma cantora chamada Maria Creusa interpretando músicas de um jovem chamado Antônio Carlos Pinto, em algumas admitindo um parceiro - Idazio Tavares. Apesar da felicidade do título escolhido e da beleza da principal música - simultaneamente a chegada do homem a Lua, em julho-69 - pouca gente conhece este lp - vendido somente em Salvador e pelo reembolso postal, através de um anúncio publicado na revista "Quatro Rodas".
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Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1974
Com exceção do Quarteto em Cy - hoje com nova formação - Cinara e Civa do grupo original (lançado em 1964, no lp da Forma, com apresentação de Vinícius de Moraes), mais Dorinha Tapajós e Soninha - não existe nenhum outro grupo "vocal feminino, de expressão, na música brasileira. Aliás mesmo masculino, são raros os grupos vocais que tem conseguido sobreviver ao longo dos últimos anos. E o Quarteto em Cy, apesar do prestígio e das ligações (Cinara é esposa de Ruy, líder do MPB 4), assim mesmo não está desenvolvendo um trabalho regular - e em 1973 gravou um único compacto.
A esposa de Egberto
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1974
Está passando despercebido, até mesmo pelos coordenadores do Festival de Música, a presença em Curitiba da esposa do compositor Egberto Gismonti. E na verdade ela já foi uma das melhores pianistas brasileiras, dona de belíssima voz e que trocou sua carreira para ser apenas a esposa de Gismonti, realmente hoje um dos três criadores mais importantes de nossa MPB (os outros dois, em caminhos diferentes, são Milton Nascimento e Hermeto Paschoal).