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Sucesso de Fernandinha ajuda exibição das fitas nacionais

A excelente bilheteria de "Com Licença, Eu Vou a Luta!" (terceira semana, cines Lido 1/Ritz) é importante por várias razões. Em primeiro lugar por confirmar que para um bom produto existe público. Em segundo lugar mostra que o filme do jovem Lui Farias, baseado igualmente num texto de uma jovem (Eliane Maciel) e tratando das relações entre pais e adolescentes pode criar uma empatia com amplas faixas de espectadores.

A lista de Stanley

Por um extravio de correspondênica, a lista de Stanley de Souza, 31 anos, redator de cinema, não nos chegou a tempo de incluí-la na edição dos melhores de 1986. Apaixonado por cinema, locutor e produtor de programas de rádio e editor do "Jornal do Cinema", Stanley fez as seguintes indicações em sua lista dos melhores filmes lançados em 1986 em Curitiba. 1 - A História Oficial, Argentina, de Luíz Puenzo. 2 - RAN, Japão, de Akira Kurosawa. 3 - Kaos, Itália, de Paolo e Vittorio Taviani. 4 - Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios, Iugoslávia, de Emir Kusturica.

Violência, gay & Mônica, as estréias desta semana

Apenas 4 estréias - e uma delas em horários especiais, destinada a permanecer 90 dias em cartaz: "Mônica e a Sereia do Rio" (Cine Plaza, sábados e domingos, 10,11,12 e 13 horas). Há um filme de Ozualdo Candeias, um dos mais criativos cineastas brasileiros - e que se encontra em Curitiba, a convite da Cinemateca, dando um curso prático de produção cinematográfica (paralelo à retrospectiva de sua obra): "A Opção" (Cine Groff, desde ontem).

No Campo de Batalha

Roberto Menghini já está ensaiando a adaptação que Aldo Schmidt fez de "O analista de Bagé", de Luiz Fernando Veríssimo, com estréia no Interior e que só no meio do ano virá para Curitiba. xxx A propósito, Menghini esclarece: ele deixou o chamado "Bar da Classe", nos fundos do teatro 13 de Maio, há quase dois anos, quando o vendeu para um taberneiro de nome Itamar. "No meu tempo, diz Menghini, a freqüência não era exclusivamente gay". xxx

Boneco sempre ajuda na guerra das bilheterias

Com sua experiência de mais de 30 anos no setor de exibição, João Aracheski, executivo da Fama Filmes, aceitava apostas até a tarde de segunda-feira: para ele, Lionel Richie levaria mesmo o Oscar de melhor canção - e mesmo não sendo um troféu principal, isto ajudará a carreira de "O Sol da Meia Noite", filme sobre balé que deverá fazer tanto sucesso de público quanto "Momento de Decisão" (1977).

"A História Oficial" chega a Curitiba

Oscar de melhor filme estrangeiro-1986, prêmio de melhor atriz para Norma Aleandro no Festival de Cannes-1985, "A História Oficial" de Luís Puenzo é o mais importante filme argentino dos últimos anos. Corajoso, humano, profundamente político e atual, já levantou mais de 30 prêmios em festivais internacionais, está em cartaz há 4 meses em Nova Iorque e há 60 dias em mais de 30 cidades americanas - o mesmo acontecendo em Londres e Paris. Em todos os locais onde tem estreado o êxito é o mesmo: consagração da crítica e entusiasmo de público.

Duas boas estréias e mais ótimas reprises

A concorrência entre os exibidores privados e a Fundação Cultural de Curitiba, que se tornou uma grande exibidora com três salas comerciais (e mais uma quarta, a ser inaugurada em breve no Portão) traz ao menos um benefício. Bloqueada em conseguir grandes estréias, a FCC terá que fazer reprises e, o bom gosto do Chico Alves faz com que filmes importantes retornem. Só espera-se que os mesmos, quando obterem boas bilheterias, permaneçam em cartaz - e não fiquem magros 7 dias.

Uma semana com variadas e excelentes opções

Excesso de bons programas traz angústia a quem se interessa em acompanhar todos. A eficiência de Francisco Alves dos Santos, programador das salas de exibição da Fundação Cultural, somada à chegada dos filmes nominados para o Oscar - e alguns premiados na noite de segunda-feira - faz com que falte tempo para se assistir a tudo que está em exibição.

"Camorra", um filme de utilidade pública

Existe o cinema-estética, o cinema-coração assim como o cinema efeitos especiais - entre tantas classificações que críticos e ensaístas como o curitibano Lelio Sottomaior Jr. gostam de fazer. Mas há também o cinema-utilidade pública. Não apenas o filme promocional ou publicitário, realizado dentro de claro e definido prisma mercadológico, capaz de se integrar a um determinado objetivo - e então se cairia apenas no simples comercial de poucos segundos - mas aquela obra que, pela sua seriedade vem prestar um real serviço à comunidade.
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