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Paulinho da Viola

Artigo em 20.11.1974

Duas das melhores cantoras brasileiras estão com novos discos na praça desde ontem: Elis Regina e Maria Bethania.

O Som Nosso de Cada Dia

No início de 1974, a consagração começaria a chegar para o "Som Nosso de Cada Dia", em duas apresentações no ar livre no Ibirapuera e, depois, com o convite que receberam para abrir os shows de Alice Cooper.

Brasil, violão & talento.

'Entendo por violão brasileiro isso que Villa-Lobos e João Pernambuco - fundamentalmente esses escreveram para violão. A história da popular, foi de uma certa forma escrita em seis cordas: novas estéticas e tendências foram inicialmente conduzidas por um Donga, Sátiro Bilhar - passando depois por Garoto, Bonfa, Badem - sem esquecermos Canhoto da [Paraíba], Othon Salleriro, Dino, Meira. Na fase pós-bossanovista de João Gilberto vieram Edu, Milton Nascimento, Gil, Gismonti, Paulinho da Viola - e não há porque esquecer, no campo erudito, esse extraordinário Turibio Santos'

A antologia do MPB-4, a [cuíca] de Osvaldinho e os long-play da CBS

Gravado em outubro de 1973, só em junho pode ser lançado o lp do grupo vocal MBP-4 - que assim passou 1973 sem ter o seu habitual lp colocado no mercado, de forma que o público fiel que tanto admira o conjunto teve que se contentar com o único compacto-duplo, onde gravou, entre outros, o belíssimo samba de Eduardo Gudin - "A Velhice da Porta Estandarte".

Cartola, um Lp definitivo dentro de nossa melhor mpb

"Conheci Cartola pessoalmente quando ele abriu o Zicartola em 1964, creio, num sobradinho da Rua da Carioca. Desde então sou sua fã. Considero Cartola uma das figuras mais importantes da [música] popular brasileira. Quando Elizeth Cardoso canta o "Sim", fico arrepiada. Mas Cartola tem tanta [música] para dar, que penso em outras muitas ... Não é exagero dizer que o Zicartola foi o berço onde a MPB se ressuscitou. Duvido que haja [alguém] que ouça Cartola sem encantamento". (Eneida de Moraes, 1903-1972)

Os grandes temas nos compactos de Pereira

Ao lado dos magníficos lps - "Música Popular do Centro-Oeste/Sudeste" (4 discos), "Cartola", "Fados Brasileiros" (com a cantora Paula Ribas) e "Viva o Samba" (com Osvaldinho da Cuíca e o Grupo Vai-Vai), o publicitário Marcus Pereira, marcando o início de suas atividades no mercado fotográfico - animado pelo sucesso de sua histórica coleção "Musica Popular do Nordeste", que lhe valeu em 1973 o troféu "Estácio de Sá" do Museu da Imagem e do Som-Guanabara, está também colocando nas lojas três compactos duplos do mais alto nível.

O importante Choro no bandolim de Déo Rian

No meio da diversificação e riqueza da música popular brasileira, uma coisa é certa: o choro é sua manifestação mais elaborada, de maior sentido criador. Tanto em sua estrutura - geralmente em três partes, concebidas em três tonalidades, com amplas variações dentro de cada uma - como em sua forma de execução, na qual a divisão básica de funções instrumentais apoia a liberdade de improvisação, fazendo de cada peça uma nova peça a cada execução.

Os discos de Marcus

Lançado ontem pela Rádio Iguaçu, o primeiro catálogo dos Discos Marcus Pereira representa o grande acontecimento fonográfico-musical do ano. Publicitário respeitadíssimo, dono de uma das mais criativas agências brasileiras, o paulista Marcus Pereira, 44 anos, começou a produzir discos a partir de 1967 exclusivamente para oferecer como brinde aos seus clientes.

A melhor MPB

O entusiastico apoio do público que, pela terceira vez, lota todas as apresentações do MPB-4 em Curitiba - as duas primeiras (fevereiro e dezembro/73) no teatro Paiol, agora no amplo auditório Salvador de Ferrante da Fundação Teatro Guaira é uma animadora confirmação do entusiasmo que existe pelo que há de melhor em nossa musica popular.
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