Geraldo Vespar
Quem sabe dos três dias de Noel Rosa em Curitiba?
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de dezembro de 1990
Noel vive!
A frase pode ser grafitada nos muros deste país. Mesmo com todo massacre que se pratica contra a nossa MPB e colonialismo cultural com que é tratada a indústria musical, o mais carioca - e brasileiro - dos compositores continua vivo e hoje faz 80 anos de nascimento. Pode ter desencarnado naquela noite de 4 de maio de 1937, mas sua música continua mais viva, atual e bonita.
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Só Preto (sem preconceitos)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de julho de 1990
Black não é apenas beautiful. É música. Estão aí milhares de exemplos para provar que a raça negra é extremamente sonora em todos os gêneros. Por isto mesmo é que surgem a cada ano, novos intérpretes, compositores e músicos negros. Ainda agora, temos o grupo "Só Preto sem Preconceito", formado por Fernando Paz (repique), Paulinho (banjo), Reginaldo (pandeiro), Cimar (tantan, marcação) e Rem (tantani), que estreiam num elepê apropriadamente intitulado "A Coisa Mais Linda" (EMI/Odeon).
Mais de 200 candidatos na espera dos troféus
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de abril de 1989
Eis a relação completa dos indicados para o Prêmio Sharp da Música, nas oito categorias.
Pop/rock
Arranjador: Ari Mendes (lp "Angela Ro Ro", Eldorado); Leo Gandelman (lp "Nico Rezende", WEA) e Portinho (lp "18 anos sem sucesso", com o Joelho de Porco, Eldorado).
Revelação masculina: Ed Motta (lp "Ed Motta e Conexão Japeri", WEA); Fábio Fonseca (WEA) e João Figar (3M).
Música: "Brasil" (Cazuza, George Israel, Nilo Romero), com Gal Costa; "Faz parte do meu show" (Cazuza/Ladeira, com Cazuza); "Ideologia" (Cazuza/Frejat, com Cazuza).
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- Som Livre
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- Toninho Horta
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- Turma do Balão Mágico
Quem recebeu os prêmios da Sharp
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de abril de 1989
Dos indicados para as 60 premiações nas oito categorias, poucos foram os que não compareceram ao Golden Room do Hotel Copacabana Palace na festa de entrega dos troféus criados pelo designer Ariel Severino (e mais um cheque, entregue posteriormente, no valor de US$ 2 mil, a cada escolhido).
Hermeto Paschoal, duplamente premiado - disco "Por Diferentes Caminhos", Som da Gente e música ("Pixotitinha"), na categoria instrumental, foi representado por sua esposa e nora. Nana Caymmi, melhor cantora, está em São Paulo, mas sua filha, Stela Maria, recebeu o troféu.
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Leila, cantando com Alma
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de maio de 1988
"Por mais comum que seja essa dor
Não vai nunca ser vulgar
Uma canção de amor".
(Costa Neto, "Canção de Amor")
O disco com a trilha de "A Dança da Meia Lua", ballet de Edu Lobo e Chico Buarque, ainda não tem data de lançamento, mas uma das mais belas músicas deste espetáculo apresentado no Guaíra já pode ser ouvido: "Abandono". É uma das faixas do LP "Alma" (Polygram), terceiro disco da Leila Pinheiro, paraense de Belém, revelada nacionalmente ao defender "Verde" (Eduardo Gudin/Costa Netto) no "Festival dos Festivais" há dois anos.
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A volta de Antônio Carlos e Jocafi. Quem se lembra?
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de novembro de 1986
Há alguns dias, comentávamos com um produtor musical a crueldade do mundo do show bussiness, capaz de eleger ao sucesso certos artistas e, com a mesma rapidez, também condená-los a um prematuro ostracismo se o profissional incorrer no pecado de deixar de vender o que os inflexíveis tycoons da indústria fonográfica esperam.
Beth, o samba com todo o romantismo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1987
Beth Carvalho continua a mesma. Isto é, maravilhosa!
A ironia do pagode de "Corda no pescoço" (Almir Guineto/ Adolfo Magalha), falando que "o povo como está/ Está com a corda no pescoço/ É o dito popular/ Deixa a carne e rói o osso", ou o romantismo de mais um inédito do grande Cartola (Agenor de Olveira - 1908-1980), em parceria com Regina Werneck (ex-Quaterto em Cy), no belíssimo "Espero por ti".
"Mesmo sem saber/ Se virás um dia
Eu espero por ti/ confiante e só aqui".
Um pacote de sambistas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1987
Conseqüência ou não do Carnaval, o fato é que um punhado de sambistas estão na praça. Afora os discos de Sambas-de-Enredo e a Cor do Som e Trio Elétrico Dodo e Osmar, temos os novos elepês de Mussum (ex-Originais do Samba), Silas de Andrade, Djalma Pires, Wilson de Assis, Gilson de Souza e os grupos Levanta a Poeira e Fundo de Quintal. Ou seja, um pacote de música verde-amarela para consumo geral e que bem que mereceria ser programado com mais intensidade nas emissoras.
João, o homem do (bom) samba
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de janeiro de 1985
Em onze elepês lançados em 17 anos de carreira, o carioca João (Batista) Nogueira (Júnior) (RJ, 12/11/1941) firmou-se com um dos mais sólidos compositores e interpretes. Pode-se, mesmo, incluí-lo ao lado de Paulinho da Viola, como um compositor de rara inspiração , excelente voz e que numa consciência profissional que não é comum entre os artistas populares, Ter se integrado ao movimento de revalorização da MPB – idealizando, fundando e presidindo o Clube do Samba, baluarte de resistência a influência e concorrência desleal do lixo supérfluo musical internacional.
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