Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Hermínio Bello de Carvalho

Hermínio Bello de Carvalho

Obrigado, mãe Clementina!

É emocionante! No palco uma velha senhora, rosto terno e sorriso bondoso, vestida de branco, cantando com aquela força que parece ser privilégio da raça negra. Mágica voz que soa como um instrumento - afinado, denso, único e que a faz, em solo, sem acompanhamento, ser ainda mais admirável, aos 74 anos (ou seriam 75? Ou 71?

Brasil, violão & talento.

'Entendo por violão brasileiro isso que Villa-Lobos e João Pernambuco - fundamentalmente esses escreveram para violão. A história da popular, foi de uma certa forma escrita em seis cordas: novas estéticas e tendências foram inicialmente conduzidas por um Donga, Sátiro Bilhar - passando depois por Garoto, Bonfa, Badem - sem esquecermos Canhoto da [Paraíba], Othon Salleriro, Dino, Meira. Na fase pós-bossanovista de João Gilberto vieram Edu, Milton Nascimento, Gil, Gismonti, Paulinho da Viola - e não há porque esquecer, no campo erudito, esse extraordinário Turibio Santos'

Simone e Luiz, os bons lps da Odeon

Antecipando-se a colocação dos discos nas lojas, a Odeon já está divulgando nas rádios da cidade, através do trabalho do esforçado Alceu Wildner, três lps de seu suplemento nacional de nobembro/74 - dois dos quais nos parecem da maior importância: "Quatro Paredes" com Simone e o disco que marca a estréia do veterano Luis Vieira naquela fábrica.

Cartola, um Lp definitivo dentro de nossa melhor mpb

"Conheci Cartola pessoalmente quando ele abriu o Zicartola em 1964, creio, num sobradinho da Rua da Carioca. Desde então sou sua fã. Considero Cartola uma das figuras mais importantes da [música] popular brasileira. Quando Elizeth Cardoso canta o "Sim", fico arrepiada. Mas Cartola tem tanta [música] para dar, que penso em outras muitas ... Não é exagero dizer que o Zicartola foi o berço onde a MPB se ressuscitou. Duvido que haja [alguém] que ouça Cartola sem encantamento". (Eneida de Moraes, 1903-1972)

Samba paranaense

Dois paranaenses em destaque no último suplemento da Odeon, uma das gravadoras brasileiras que mais prestigia os intérpretes-compositores brasileiros. O advogado Carlos Eduardo Mattar, assessor do Tribunal de Contas e professor do Instituto Camões, compositor carnavalesco que há dezoito anos é responsável pelos sambas-enredos do embaixadores da Alegria, teve uma de suas músicas - "Quermesse", gravada por Ivon Curi, num compacto simples que, graças à comunicabilidade do veterano intérprete (45 anos, 27 de carreira artística), tem, condições de promovê-lo nacionalmente.

A musicalidade de Francis e a nela sinceridade de Herminio

Pinheiro comecei a fazer música a apartir de 68: "A ausente", Herança", "Anunciação" e "Talvez"(...) Já Rui Guerra eu conheci depois do Vinícius, numa festinha. E ele, ao contrario, me puxava para canções mais românticas, elaboradas. A primeira música que fizemos foi "Ave Maria" (fase A faixa 5), Fizemos "Requiem", eu fiz a melodia em cima da letra, e é curioso que ela parece ter sido feita no piano mas foi feita no violão. Fizemos "Minha" que não aconteceu, logo depois de gravada.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br