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Sérgio Cabral

Eliana, afinal um grande disco

Uma prova de quando é importante um bom produtor na carreira de uma cantora é o último elepe de Eliana Pitman, Filha (adotiva do admirável Booker Pitman (1909-1969) ao lado de quem iniciou sua carreira de vocalista nos anos sessenta, tendo como empresária uma das figuras mais famosas do folclore musical brasileiro, a vigilante supermãe Ofélia, que da ternura do personagem de Shakespeare só tem o nome, Eliana sempre teve boas oportunidades. Nunca lhe faltaram bons contratos e chances para se afirmar como show-woman.

Cinema I reabre e João deixa a Fama

Se há 15 anos era a então sensual Rachel Welch, na "Espiã que Caiu do Céu" que inaugurava o Cine Excelsior, agora, para a reabertura do mesmo cinema da rua Saldanha Marinho - mas há anos com o nome de Cinema I - é uma morena mignon, francesa, que enfeitará a tela a partir de amanhã, em 4 sessões: Beatrice Dalle, a "Betty Blue 37, 2 da Manhã", que há uma semana já está sendo vista no Astor, transfere-se a partir de amanhã para novo endereço cinematográfico.

A Bossa Nova, vinte anos depois

Passadas muitas semanas de completa paralisação, o Teatro do Paiol reabre suas portas com um dos mais importantes eventos musicais do ano: três shows com o compositor Carlos Lyra, nome-base da música popular brasileira, um dos principais integrantes do núcleo original da Bossa Nova.

Música I: Hermínio

O poeta, produtor e letrista Hermínio Bello de Carvalho passou a tarde de ontem , em Curitiba, bastante ocupado. Esteve na Secretária de Educação e Cultura, no Teatro Guaíra, conversou com o pessoal de música, fez muitas perguntas sobre a cidade e o comportamento da população. Hoje, Hermínio, junto com os produtores Paulo César de Rezende e Alvim Barbosa que o acompanham , seguirá para Florianópolis e, em seguida, irá a Porto Alegre. De volta ao Rio , Preparará um amplo relatório, detalhando o "Projeto Pixinguinha", no qual está mergulhando de corpo e alma.

De Nelson a Karan

NELSON GONÇALVES - Poucos, muitos poucos, cantores tem permanecido tão fiéis a uma gravadora como Nelson (na verdade Antônio) Gonçalves, paulista do dia 22 de junho de 1920. Não só fiel mas lucrativo, pois esse cantor romântico, que antes de ser cantor foi boxeur e garção, é, há pelo menos 20 anos, um dos artistas de maior prestígio popular. O tempo passa e Nelson permanece, com um repertório que durante anos foi caracterizado pelas músicas de Adelino Moreira, de quem foi durante tempo uma espécie de intérprete exclusivo.

Das memórias de Viola ao frevo. É tempo de Carnaval

Feliz do País que tem talentos como Paulinho da Viola, um compositor-cantor - instrumentista que a cada ano dá um novo salto em criatividade, harmonia, inspiração, cada vez com raízes mais brasileiras, mais verde-amarelas (mas sem falsos ufanismos), valorizando a nossa melhor criação. Feliz também um País que tem novos talentos emergentes como Dalmo Castelo, que tem veteranos compositores como Mano Delcio da Viola, Duduca, Hernani de Alvarenga, Iracy Serra, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa de Oliveira, Walter Rosa e tantos outros.

A importância das reedições (Chico, Nelson, Jacob e outros)

Quando insistimos na importância das reedições, o fazemos pela consciência que temos de que somente se conhecendo e divulgando [os] importantes períodos de nossa música popular poderemos despertar em novas faixas de público (e gerações), o entusiasmo, o amor, o respeito pelos nossos compositores, intérpretes e instrumentistas - durante anos esquecidos e anônimos em seus trabalhos rotineiros em rádios, estúdios, e orquestras de bailes - mas altamente criativos e que só agora, mercê do trabalho de pesquisadores como Ricardo Cravo Albim, J. L.

Os melhores sambas com Cesar e Paulinho em dois ótimos lps.

Quatro cantores compositores - Paulinho Tapajós, César Costa Filho, João Nogueira e Ivan Lins - são uma demonstração vigorosa de quanto talento musical existe neste país. Quatro criadores em estilo diferentes, mas eminentemente brasileiros e honestos em seus trabalhos e que se constituem em candidatos fortes a merecerem a inclusão entre os melhores lps do ano.

Música & Pesquisa

A idealística tentativa de se agrupar os compositores, instrumentistas e intérpretes da música popular da cidade num movimento criador, através de reuniões semanais (Teatro do Paiol, segundas-feiras à noite) coincide com as otimistas notícias de que afinal o Ministério da Educação e Cultura irá analisar, na próxima semana, a situação da música popular brasileira, através de uma proposição preparada pelo Departamento de Assuntos Culturais, cujo diretor, o antropólogo Manoel Diegues Junior, é sogro da cantora Nara Leão.
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