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Federico Fellini

Os meninos da guerra

É coincidência, mas não deixa de ser um marketing que funciona: crianças em tempo de guerra! Pelo menos três dos filmes com indicações ao Oscar-88, na próxima segunda-feira, 11, centram suas ações em personagens infantis durante os tensos dias da II Guerra Mundial. Visões diferentes mas de grande sensibilidade em torno da estupidez da guerra, da miséria, da morte, da intolerância, resultando em filmes admiráveis e sensíveis.

O evento para marcar o final deste século

Um evento como o "The First New York International Festival of the Arts" só poderia acontecer mesmo numa metrópole como a Big Apple. Pela extensão dos eventos - 350 performances em música, dança, teatro, cinema e televisão, importância dos produtores e artistas culturais envolvidos, poucas outras cidades do mundo - talvez Londres, Paris ou Berlim - poderiam bancar um evento de idênticas proporções.

Os dez melhores filmes exibidos em 1987

1. "A Era do Rádio" ("Radio Days"), EUA, 1987, de Woody Allen (141 pontos). 2. "Por Volta da Meia Noite" ("Round Midnight"), França-EUA, 1987, de Bertrand Tavernier (117 pontos). 3. "Veludo Azul" (Blue Velvet), EUA, 1987, de David Lynch (101 pontos). 4. "Coronel Redl", Hungria, 1986, de Istvan Szabo (91 pontos). 5. "O Selvagem da Motocicleta" (Rumble Fish), EUA, 1983, de Francis Coppola (85 pontos). 6. "Ginger e Fred" (Ginger e Fred), Itália, 1986, de Federico Fellini (74 pontos).

Na semana dos Oscars, três dos candidatos estão em exibição

Dos cinco filmes que segunda-feira disputam no Dorothy Chandler Pavillion, Los Angeles, os principais prêmios da indústria cinematográfica, pelo menos três podem ser vistos nas telas da cidade: "Platoon", 8 indicações, desde quinta-feira no Plaza; "Uma Janela Para O Amor" (A Room With A View), 8 indicações, desde ontem no Astor; "A Missão" (The Mission), 7 indicações, há três semanas no Itália.

Uma Nova Obra-prima de Fellini: "Ginger E Fred"

A trilha sonora de Nicola Piovani lembra, clara e declaradamente, os melhores momentos de Nino Rotta. Os personagens são aqueles típicos rostos que Fellini, 67 anos, tão bem vem desenvolvendo há quase 40 anos de cinema. São seres sofridos, esperançosos, simples, emocionantes. Um universo único e especial que faz do genial cineasta italiano um realizador de tanta poesia e ternura como foi Chaplin nos anos 20/30.

Sucesso de Fernandinha ajuda exibição das fitas nacionais

A excelente bilheteria de "Com Licença, Eu Vou a Luta!" (terceira semana, cines Lido 1/Ritz) é importante por várias razões. Em primeiro lugar por confirmar que para um bom produto existe público. Em segundo lugar mostra que o filme do jovem Lui Farias, baseado igualmente num texto de uma jovem (Eliane Maciel) e tratando das relações entre pais e adolescentes pode criar uma empatia com amplas faixas de espectadores.

Refilmagem daquilo que os franceses acertaram

Já tendo reverenciado a Federico Fellini ("Alex in Wonderland", há 17 anos, inclusive com a participação do homenageado, num filme que devido sua longa e injustificável proibição no Brasil, quando liberado, aqui passou despercebidamente) e Truffaut na sua visão jovem e americana de "Jules e Jim" (Willie e Phil), Mazursky, após uma recente sátira dos desajustes de um dissidente russo nos EUA ("Moscou em Nova Iorque"), optou pela refilmagem de um antigo vaudeville francês: "Boudou sauvé des eaux" de René Gauchois.

Apenas uma estréia: "A traição do Falcão"

Quase que se repete com "A Honra do Poderoso Prizzi" o que havia acontecido com "Cotton Club": a renda insuficiente levou João Aracheski a programar sua substituição na última quarta-feira, 16, por "O Fio da Suspeita", um bom thriller policial. Na última hora, entretanto, confiando numa reação do público em relação ao filme de John Huston, Aracheski mudou de idéia e decidiu mentê-lo por mais uma semana.

Carmen de Godard chegou no Itália

A reprise de "Salve-se Quem Puder (A Vida)", longa-metragem que marcou, em 1979, o reaparecimento de Jean-Luc Godard - após alguns anos de auto-exílio - teve um público surpreendente no Groff. Afinal, aos 56 anos, o ex-enfant terrible da Nouvelle Vague continua a ser o mais revolucionário dos cineastas contemporâneos. Pode-se gostar ou não de seu cinema anárquico, anticonvencional, difícil, hermético - mas é impossível permanecer indiferente às suas propostas visuais-estético-políticas. xxx
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