Paulo Wendt
Um toque de saudade na bossa de Colares
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de setembro de 1986
Uma passagem nostálgica pela cidade de um gaúcho que aqui deixou muitos amigos há duas décadas e meia. Fernando Colares. Hoje com 53 anos, pai de 6 filhos e até avó, Fernando não deixou de se emocionar quando, ciceroneado por seu amigo dos tempos do quinteto de Breno Sauer, o bom Pirata (Afonso Cid, 62 anos), voltou a percorrer o centro da cidade e viu que o velho sobrado onde Paulo Wendt manteve por tantos anos a boite Marrocos, na Praça Zacarias, ainda, está em pé.
Viva a Noite com alegria do povão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de fevereiro de 1985
Quase 20 anos após a morte de Paulo Wendt (1915-1966), uma dupla sonha em reerguer a noite curitibana com uma rede de casas dançantes: Aldo Cardoso e Celso José Lima, com os lucros obtidos na danceteria "Roda Viva", investiram alguns milhões na implantação da "Viva Maria" na Rua Cruz Machado e nesta semana inauguram o "Viva a Noite", na Praça Osório.
Star Dust, adeus!
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de dezembro de 1984
POR trás de uma simples mudança de inquilino, cujo registro nem sequer se justificaria, num espaço de jornal, um dado significativo, para comprovar, mais uma vez, o esvaziamento da noite curitibana. Silenciosamente, nem sequer festa de despedida para os velhos fregueses, a última grande boite de Curitiba - o Star Dust - cerrou as portas há algum tempo.
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... e no fim de noite, João achou a sua musa Macunaíma
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de dezembro de 1981
Há um mês, quando veio a Curitiba a convite do editor Faruk El Khatib, para a inauguração do salão Passarola e também assinar contrato para escrever adaptações em fotonovelas de romances brasileiros, o escritor João Antônio (Ferreira Filho), 41 anos, conheceu inicialmente os ambientes mais sofisticados da cidade. A vernissage foi na Fundação Cultural, o jantar no Kleciu's, na Sociedade Helvetia e Jão, a exemplo de outros convidados, ficou hospedado no recém-inaugurado Slaviero Palace Hotel.
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Tempô desaparece com o crescimento da C&A
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de novembro de 1980
Quem aprendeu a gostar da deliciosa comida japonesa carnes preparadas com técnicas milenares do velho Oriente - está perguntando para onde foi a "Churrascaria Tempô", que funcionava no prédio 37 da primeira quadra da Rua Marechal Deodoro. Como aquele prédio, junto como o de número 31, foram adquiridos por Cr$ 140 milhões pelo grupo C&A, a churrascaria fechou e, temporariamente, só restam dois restaurantes japoneses em Curitiba: o excelente Kamikaze, em Santa Felicidade e outro, mais modesto, nas imediações do Mercado Municipal.
Os bonitos planos dos jovens alunos.
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de novembro de 1980
O renascimento de uma política universitária independente e corajosa - após 15 anos de repressão que praticamente anestesiou uma geração de brasileiros reflete-se em eleições não apenas de entidades como a UNE e UPE, esmagadas em 1964 mas que reflorescem agora, mas também em diretórios e centros estudantis das faculdades isoladas. É o caso da chapa "Integração", que conseguiu a vitória nas eleições para o Diretório Acadêmico Clotário Portugal da Faculdade de Direito de Curitiba, vencendo a chapa "Independente" que vinha se perpetuando no poder por 43 votos em 900 eleitores.
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O novo coração de Breno
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de fevereiro de 1978
Quem se lembra de Breno Sauer, aquele acordeonista e vibrafonista gaúcho, que dirigindo um excelente grupo instrumental, no estilo norte-americano Art Van Dame, fez sucesso no início dos anos 60 no Brasil?
O nosso baixo Leblon ou a vazia noite curitibana
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de agosto de 1980
O chargista Dante Mendonça, com seu senso de humor, encontrou, sem querer, a definição certa para a espontânea "boca" noturna que nos últimos meses se firmou na quadra da Rua Visconde de Nacar entre as ruas Carlos de Carvalho/Cruz Machado:
É o baixo-Leblon curitibano!
Itala troca Brecht por Oswald Andrade
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de junho de 1980
Entre o brasileiro Oswald de Andrade (1890-1954) e o alemão Bertolt Brecht (1898-1956), a gaúcha Itala Nandi, 38 anos, ficou com o autor de << O Rei da Vela >> . Explicando: no final do ano passado, a bela e consciente atriz havia se definido pela peça << Santa Joana dos Matadouros >> , que Brech escreveu há 50 anos e nunca foi encenada no Brasil. Convidou o ex-marido e companheiro de grupo Oficina, Fernando Peixoto, para revistar a tradução e fazer a direção e acertou a estréia nacional para agosto, no Teatro Guaíra.
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Raulzinho, um trombone internacional (dos búfalos do Passeio à Califórnia)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de agosto de 1975
Quando era sargento da Força Aérea Brasileira, como integrante da Banda de Música da Escola de Oficiais e Especialistas e Guarda, Raul de Souza aumentava seu soldo de militar, tocando em boites de Curitiba e na orquestra de Osval Siqueira, nos anos 50 e primeira metade da década de 60, a melhor que existia no Paraná. Entre as boites em que atuava, estava a Tropical, em pleno Passeio Público, então explorado pelo godather Paulo Wendt (1914-1967).