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Ecletismo de Marisa compensa o marketing

Há quase dois anos, em matéria de página inteira na capa do Caderno B, do Jornal do Brasil, o título já antecipava: "Nasce uma estrela: Marisa Monte". A partir de então, numa das mais bem orquestradas campanhas de lançamento de uma artista, a imprensa nacional passava a dispensar à nova cantora um tratamento de superstar. Assim, de desconhecida de ontem passou a ser um nome famoso - isto sem sair de um restrito circuito carioca e sem gravar seu primeiro LP. O pigmaleão da operação é competente: Nelson Motta.

Fábula de Sérgio sobre um elefante dorminhoco

Sérgio Ricardo poderia ser definido com muitas adjetivações. Compositor e cantor bossa-novista, cineasta, líder político na classe artística, ator de telenovelas nos tempos pioneiros do vídeo paulista, artista plástico, escritor, etc. Para o grande público a imagem lembrada é a do cantor irado, que no palco da TV Record, há 22 anos passados, quebrou o violão quando as vaias de um público idiotizado o impediram de concluir seu "Beto Bom de Bola".

No rock, a volta dos Queens e David Bowie

O dragão insaciável que se conhece como consumismo pop internacional joga no mercado mais de meia centena de novos grupos a cada mês numa mistura geral da qual se destacam nem sempre os melhores - mas os que tem a sorte de receberem os melhores temperos de marketing. Isto explica a quantidade incrível de conjuntos, solistas, vocalistas, etc., que hoje tem uma presença internacional - pois bastou emplacar em alguma metrópole para que representantes das grandes gravadoras façam lançamentos praticamente simultâneos.

Uma paixão que está crescendo no Brasil

Está crescendo cada vez mais uma confraria de apaixonados pela música de cinema. Embora ainda sejam tímidas as edições de sound tracks - ao contrário do que acontece na Europa e Estados Unidos - o interesse dos que amam o cinema em terem também ao menos o som dos filmes vem aumentando.

Geléia Geral - Som rock e brega para muito consumo

O mercado pop continua absorvendo o rock internacional, numa prova de que a faixa ainda jovem influi muito no marketing das produtoras. Por exemplo, a EMI/Odeon lançou mais um pacote de grupos da pesada - como Wasp, o R.J.'S Latest Arrival e a coletânea "London Towne x House", com grupos como o Bass Construction, House Engineering, mais Carol Cayne, Kym Mazelle, Lizzie Tear, Chris Paul, entre outros. São produtos específicos para aquela garotada que se liga ao som up to date, de muitos decibéis, que é feito internacionalmente dentro das regras do consumo.

Mesmo com a crise, CD ampliou o seu mercado

Se alguém tem dúvidas de que nem tudo vai mal neste país, um indicador de que em época de crise o som vai bem: nos três primeiros meses deste ano já foram lançados nada menos que 170 títulos de CDs - o que somada à produção de abril, completa mais de 200 produtos novos em catálogo. Considerando que o custo de um CD está variando de NCz$ 15 a NCz$ 40,00, é de se imaginar que um razoável público de bom poder aquisitivo está absorvendo as edições que as gravadoras vêm fazendo de um produto sofisticado e destinado àquele que seria, a princípio, para a classe A.

Carmen e Libertad, sempre com público

Se não fosse o bom senso e a experiência de mais de 40 anos de comércio, Leon Barg não poderia dar continuidade ao projeto Revivendo, que se constitui em verdadeira utilidade pública em termos de preservação da memória musical brasileira. Afinal, o custo de produção de cada disco cresce a cada mês, pois se não há despesas de estúdio, existe uma soma de encargos que fazem um pesado investimento trazer hoje as vozes de ontem.

Geléia Geral

Um novo compositor-intérprete lusitano chega ao Brasil: Fausto Bordalo Dias. Cantor-estradeiro, falando de viagens e amores neste seu LP de apresentação ("Para além das cordilheiras", CBS) vem com nove canções, todas de longuíssimas letras - o que deve reduzir suas chances de divulgação. As tentativas de introduzir no Brasil os novos artistas portugueses têm sido frustradas, o que é lamentável - já que deveria haver um público em potencial - que absorveu fadistas tradicionais (como Francisco José, falecido há poucos meses) ou fadistas-bregue, como Roberto Leal.

Clara e Paulinho em excelentes reedições

O bom senso parece que chegou nos executivos de algumas gravadoras que estão fazendo o óbvio: promover reedições dos melhores discos. A era do CD estimula remontagens das gravações de intérpretes capazes de alcançar boa vendagem, mas há também o mercado tradicional que anseia entender a chance de possuir gravações, reprocessadas eletronicamente, de intérpretes clássicos. Com isto as raridades do mercado - que chegam a valer até NCz$ 300,00 por parte de colecionadores fanáticos - perdem sua cotação e o público é beneficiado.

Nas reprises, o melhor da música ajustada às imagens

Apenas uma estréia nesta terceira semana de 1989: "Idolatrada", produção nacional de pouquíssimas referências, dirigida pelo desconhecido Paulo Augusto Gomes, com Denise Bandeira, Mário Lago e Eduardo Machado (Cine Groff, 5 sessões). No mais, a programação nas telas continua a mesma da semana passada - mas com opções interessantes. Especialmente filmes que se identificam por excelentes trilhas sonoras - que aqui são registrados.
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