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Gilberto Gil

Carmem, a voz que precisa ser ouvida

Ao final de seu show no restaurante Mouraria, quinta-feira [à] noite, a cantora Carmem Costa ao sentar-se para jantar, foi rodeada por um grupo de jovens funcionários do setor PIS da Caixa Econômica Federal do Paraná, que só se retirou depois que a grande sambista, sem qualquer acompanhameno, mas com sua extraordinária voz, vocalizou quatro músicas - desde uma desconhecida valsa de Anacleto de Medeiros (1866-1907) até o recente "Eu Preciso Aprender a Só Ser" de Gilberto Gil.

As novas da Phonogram

JAIR RODRIGES JAIR está preparando um novo disco a ser lançado em novembro. As músicas serão de IVAN LINS (As minhas leis), BENITO DE PAULA (Amanhã vai ser bom), ZUZUCA (Credo Cruz), VICENTE M. BARRETO (De onde vêm essa nêga?), EDIL PACHECO e JAYME (Abra o sorriso novamente - uma marcha rancho), ALBERTO LUIZ (A vassoura) e CATULO DA PAIXÃO CEARENSE (Luar do Sertão - com um arranjo novo e que será acompanhado pelo QUINTETO VIOLADO). A produção será de MAZOLA e os arranjos de CEZAR MARIANO e ZE ROBERTO. CHICO

A Feira dos Violados

Dando uma pequena lição de Brasil e um público que só agora começa a descobrir a beleza e sinceridade da cultura popular do Nordeste, o Quinteto Violado oferece em "A Feira" (Teatro Paiol, até domingo, 21 horas) 120 minutos de imensa riqueza melódica, conduzida com muito bom humor e espontaneidade pelos cinco músicos nordestinos, mais a participação do acorcordeonista Dominguinhos (José Domingos Morais, 33 anos), o autor (em parceria com Anastasia) do maior sucesso de Gilberto Gil no ano passado: "Eu Só Quero Um Xodó".

Nossos instrumentistas e suas poucas chances

São tão poucas as chances no Brasil para um instrumentista desenvolver um trabalho e solista com maior criatividade, que é compreensível que os nossos bons músicos se agarrem com unhas e dentes nas raras chances que lhe aparecem de fazerem discos em que possam se destacar instrumentalmente, fazendo a concessão de gravarem músicas comerciais - de fácil agrado.

Toquinho e Vinicius e as férias baianas de Gil/Gal/Caetano.

O lp de Vinicius & Toquinho na Phonogram há muito vinha sendo aguardado. Contratado em 1968 pela RGE, de São Paulo, Toquinho levou para aquela gravadora o seu amigo e parceiro Vinicius de Moraes, fazendo uma série de lps alegres, felizes, descompromissados - com a participação de outros artistas (Marilia Medalha, Maria Creuza, Ciro Monteiro) e influindo, diretamente, nos lps individuais de Maria Medalha e Maria Creusa.

Presença de Chico

Enquanto o MPB-4 apresentava o número de encerramento do show, na madrugada de sábado, Chico Buarque de Hollanda já deixava o Clube Curitibano para decepção de centenas de fãs, que sentados defronte do palco, o aplaudiram por 45 minutos aguardavam o final da apresentação para lhe pedir autógrafos.

Os bons baianos e a suave nostalgia de Jards Macalé

São muitos, e sérios os motivos que nos fazem admirar, como muitos outros brasileiros, o cantor-compositor Paulinho da Viola. E ao seu talento de criador de algumas das mais belas músicas de nosso cancioneiro, belíssima voz, trabalho de produtor que busca valorizar gêneros musicais que estão injustamente esquecidos - como o choro, ou dando uma promoção nacional a anônimos (e maravilhosos) compositores dos morros cariocas, soma-se também a uma salutar influência sobre muitos artistas jovens, que no contato com o seu trabalho tem encontrado novos (e positivos) caminhos para a MPB.

Discos - Os músicos rurais e seu consumo urbano

"Fungado na Barra" é um exemplo de música para ser analisado sociologicamente: acordeon gritante, ritmo nordestino, interpretação sertaneja de Ari Soares falando em Copacabana, chopinho e Barra da Tijuca. O Nordeste na Zona Sul, a sociedade rural no consumo da grande metrópole. E este enfoque musical é a presença nas músicas incluídas por um tal de Marumby, com diferentes intérpretes em "Fungado no Forró" (Premier, RGE/FERMATA, 307.3196, abril/74), tipo da produção destinada ao público que aprecia a música nordestina, em toda sua simplicidade sertaneja e que vive na sociedade urbana.

O MPB nos anos 60 (III) - boa audição panorâmica:

Ao lado da bem ordenada série "Edições Históricas", cuja análise prosseguiremos amanhã, a Phonogram edita também um agradável e oportuno pot-pourri de algumas das melhores músicas surgidas nos anos 60, neste momento em que talvez por falta de valores mais autênticos de uma nova geração, volta-se - em tão boa hora - para as coisas boas que ocorreram com nossa música popular na última década.
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