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Gilberto Gil

Com coraçào & razão

O desafio era assustador: uma voz pequena, intimista, quase cameristica contra um auditório de 2.300 lugares. A aparelhagem de som nem sempre funciona e os riscos eram grandes. Mas bastaram os primeiros instantes para o auditório ser iluminado sonoramente por aquela voz doce e suave, que há 16 anos provoca, a revelia de quem a emite, tanta polemica. Nara Leão, uma cantora que tem fugido de rótulos e slogans mas que, mesmo querendo, jamais parou de cantar e, de uma forma muito feliz, participou de tudo que aconteceu de importante na musica popular brasileira a partir de 1962.

A arte do cantar (I)

Uma das preocupações de Herminio Bello de Carvalho, no planejamento do Projeto Pixinguinha, agora, em 3 roteiros, atingindo todo o País, é de oferecer ao público uma amostragem panorâmica da musica popular brasileira representatividade dos melhores interpretes de cada área.

A música na Semana

Hoje, ainda, o acordeonista, compositor e cantor Dominguinhos (José Domingos de Moraes, 32 anos) pode ser aplaudido no Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, ao lado de Nara Leão, no último espetáculo desta segunda dupla do Projeto Pixinguinha; Fonograficamente, Dominguinhos tem seu ultimo trabalho (lp "O Xente!", Fontana/ Phonogram, 6470588, abril/78), em discussão pelos integrantes do Conselho de Musica Popular, agora com Nilson Phol, interessado exclusivamente em som pop, na vaga aberta com a voluntária renuncia de Antônio Carlos Rocha (revista "TV- Programas").

No campo de batalha

Há alguns dias sugerimos ao prefeito Jaime Lerner que desse alguma atenção ao problema da falta de critérios na nomenclatura e numeração das ruas e, especialmente, inexistência de placas indicativas. Até agora, não sabemos se o popular alcaide teve tempo - ou disposição - para determinar alguma providência a respeito, mas um leitor nos encaminha mais uma informação que confirma a verdadeira "bagunça" da área: na Rua José Veríssimo, Tarumã, existem duas casas com a placa número dois e duas com o número 49.

Genaro, WEA, Elis etc.

Paulo Genro, vice-presidente da WEA do Brasil, responsável pelo setor comercial, passou o início da semana em Curitiba revendo bons amigos e anunciando os projetos da empresa para o segundo semestre Implantada há pouco mais de 3 anos, a WEA - que agrupa a Warner, Elektra e Atlantic Records, e é uma das divisões da poderosa Warner Communications, tem a política de manter castes reduzidos mas trabalhados com força total.

Altos e baixos do Festival de Jazz

São Paulo, setembro - Há muito que os puristas de jazz já reclamam da invasão elétrica na música que nasceu em Nova Orleans no final do século passado, pelas correntes do rock, pop e até o punk - este, hoje absorvido até pelo nosso conhecido Raulzinho, trombonista brasileiro há 8 anos radicado nos EUA e que na noite de quinta-feira apresentou-se no Anhembi, com um conjunto de jovens instrumentistas, mostrando sua nova fase de criação (que pode ser observada no LP "Don'T ask my Neighbours", Capitol, setembro/78).

Zezé Motta uma Superstar

A cantora Zezé Motta, que desde quarta-feira está apresentando-se no Teatro do Paiol, é o exemplo da artista lançada e sustentada em grande planejamento de marketing. Há três anos, quando os Secos & Molhados se desfizeram, Zezé dividiu com Gerson Conrad, justamente o mais calmo dos S&M, um lp que apesar de toda a carga promocional da Sigla/Som Livre, passou desapercebido e acabou sendo tirado de catalogo.

Em todas as rotações

Como pretende editar no Brasil o elepê que Gilberto Gil fez nos EUA, destinado ao mercado internacional, a WEA colocou nas lojas apenas um compacto simples com duas interpretações bem personalíssimas do elétrico baiano: a versão "Não Chore Mais" sobre "No Worman, no Cry" de B. Vicent e o brasileiríssimo "Macapá" de Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga. De Guilherme Arantes de quem recentemente editou um elepê merecerá futuro registro, a WEA também solta um compacto simples, com "Estrelas" e "Biônica", ambas composições próprias.

Aqui, Jazz

[Conseqüência] direta do 1º Festival Internacional do Jazz (São Paulo, 11/18 de setembro/78), uma centena de elepes estão aparecendo nas lojas, oferecendo múltiplas opções aos neofitos deste gênero - tão fascinante as que, até agora, permanecia restrito a uma elite, inclusive pela inexistência de bons discos na praça. A Phonogram, que vem exercendo uma função pioneira, com as séries Jazz History e Jazz Master, prossegue com as produções de Norman Granz, colocando no Brasil os registros feitos ao vivo, pela Pablo, em Montreaux 1077.
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