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Veiga, o escritor do fantástico nacional

Um dos sonhos do cineasta Luis Sérgio Person, realizador do extraordinário "São Paulo S/A", era filmar "A Hora dos Ruminantes". Person morreu (num acidente automobilístico) sem poder transpor para a tela o surrealista (e magnífico) romance de José J. Veiga, um dos autores mais importantes surgidos nos anos 60, autor de uma obra magnífica, densa e que surpreende sempre: "Os Cavalinhos de Platiplanto", "A Estranha Máquina Extraviada", "Sombras de Reis Barbudos", "Os Pecados da Tribo", "De Jogos e Festas" e "Aquele Mundo de Vasabarros".

As feiticeiras de John Updike

Com "Casais Trocados", um audacioso (para 'época) livro sobre o swing (ou seja, a permuta de parceiros conjugais) o romancista americano John Updike surgiu como a grande estrela da literatura avançada no final dos anos 60. O tempo passou e Updike produziu agora outra obra de grande impacto: "O Sabá das Feiticeiras" (que, pelo seu desenvolvimento em breve deve chegar também às telas). Agora temos em tradução de Aulyde Soares Rodrigues a edição no Brasil de "The Witches of Eastwick" (336 páginas, Cr$ 72.000).

Mishima, de romancista a dramático personagem

A literatura japonesa - melhor diria, a oriental - é ainda pouco conhecida no Brasil. Com exceção de alguns autores - e assim mesmo atingindo um público específico - os escritores daquela parte do mundo permanecem praticamente inéditos em traduções para o Brasil.

Novo romance sobre um velho personagem

Continuam a aparecer novos romancistas: Difel, por exemplo, está apresentando agora aos leitores brasileiros Michel Tournier ("Sexta-Feira ou Os Limbos do Pacífico"). Em "Sexta-Feira ou os Limbos do Pacífico" (tradução de Fernanda Botelho, 250 páginas, Cr$ 36.000), Tournier restitui à vida o herói criado por Daniel Defoe que encarna o drama do indivíduo solitário e da civilização - Robinson Crusoé.

Informação como convém nestes pequenos livros

É cada vez maior o interesse por temas, fatos e personagens - contemporâneos ou do passado - dentro de uma linguagem objetiva e rápida, já que o tempo é curto. A Brasiliense, com coleções macetosas e econômicas (Primeiros Passos, Tudo é História, Encanto Radical, Qual É?) mensalmente lança atraentes títulos, de rápida leitura.

"Max", um romance da Hollywood sem glamour

No quarto capítulo de "O Refúgio dos Deuses", Garson Kanin fala de seu encontro com Casrl Laemmle (Laupheim, Alemanha - 1867 - Hollywood, USA, 1939). Emigrante que chegou aos Estados Unidos há um século, Laemmle foi aos Estados unidos há um século, Laemmle foi o pioneiro da exbição cinematográfica. Por um acaso, um dia foi procurado por um jovem interessado em alugar um grande depósito que possuía na Milwaukee Avenue, em Chigaco e ali instalar um primitivo cinema. Era o ano de 1906 e o improvisado cinema - com a novidade das figuras animadas nas telas - conquistaria o público.

A Constituinte na análise marxista

Há livros-oportunidade. Ou seja, aqueles temas do momento, que garantem aos livros que os abordam um sucesso imediato. Hoje se fala muito na Constituinte e, assim, Benedito de Campos decidiu fazer uma análise marxista sobre "A Questão da Constituinte" (Editora Alfa Omega, 175 páginas, Cr$ 25.000).

Memória dos tempos de Peron

Há doze anos, depois de um longo exílio, Juan Domingos Peron voltou à Argentina em meio a graves convulsões sociais. Grupos de facções rivais qualificavam-se de "peronistas", e antigos inimigos de Peron eram favorecidos nas estranhas manobras de caudilho, enquanto militantes fiéis a ele eram perseguidos como "infiltrados". Esse conturbado quadro político é recriado pelo escritor Osvaldo Soriano num minúsculo universo, um povoado onde todos os personagens se conhecem, cenário onde "Não haverá mais dores nem esquecimento" (tradução de José Sanz, 118 páginas, Cr$ 16.000).

As boas rendas da poesia, um tema sempre necessário

A Poesia é necessária. Mais do que nunca faz bem ler os poetas. Dos consagrados, como o sempre jovial Drummond - com novos livros na praça ("Caminhos de João Brandão") e, especialmente, "Amar se Aprende Amando", pela Record; ou mesmo em seus "Contos Plausíveis", José Olympio, 160 páginas, Cr$ 35.000) ou a gente jovem, como aqueles que Guido Bilharinho, o bravo editor de "Dimensão/Revista de Poesia", vem editando há cinco anos na cidade de Uberaba, Minas Gerais.

Artigo em 22.09.1985

Em 1983, o escritor português Vergílio Ferreira obteve o prêmio de ficção do Pen Clube por seu romance "Para Sempre", agora, dois anos depois, em edição da Difel. Um romance considerado dos mais importantes da literatura contemporânea, ápice de uma longa carreira (o autor tem 68 anos) de romancista e ensaísta. "Para Sempre" é a expressão de um instante eterno no qual o indivíduo se depara com a sua finitude, a sua própria morte.
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