Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Milton Nascimento

Milton Nascimento

De João a Wagner, os lps que valem o que custam

Desde que estreou como cantor-compositor, em duas faixas ("Mulher Valente é minha Mãe" e "Homem de Um braço Só"), no histórico"... Quem Samba Fica" (Odeon, 1971), produção do paranaense Adelzom Alves, o carioca João Nogueira, 40 anos - a serem completados no dia 12 de novembro deste ano, mostrou que veio para ficar. Compositor dos mais inspirados, com a linguagem dos grandes mestres vindos do povo, Nogueira não deixou de merecer elogios a cada um de seus novos discos com parcerias das mais importantes ou trabalhos isolados.

Observatório

LÔ BORGES, que hoje inicia temporada no Teatro Paiol, pertence ao chamado "Clube da esquina", designação do grupo de compositores-interpretes que se projetaram nos últimos anos, à sombra de Milton Nascimento. Já com dois elepês feitos na Odeon, Lô tenta, a exemplo de Beto Guedes, Toninho Horta e outros, uma carreira-solo, para mostrar seus trabalhos. A família de Lô é imensa - 11 irmãos, muitos dos quais músicos. Uma de suas irmãs, Solange, participou de seu último elepê e inicia agora também sua carreira. Sua temporada irá até domingo, às 21 horas. LEGENDA FOTO 1 - LÔ BORGES.

Essas Mulheres

De uma só vez, a Polygram coloca na praça tres elepes de cantoras com condições de dividirem ainda mais o cada vez mais competitivo mercado musical, enquanto a CBS nos traz mais um vigor nordestino - sobre cujo talento nunca é demais repetir, a RCA continua a ter na paraguaia-brasileira Perla um excelente ponto de vendas e a RGE "ressuscita" Edith Veiga, paralelamente ao investimento que faz sobre Sandra Sá, que com seu "Demônio Colorido" chegou a finalíssima do MPB-80. Como se ve, o canto das mulheres - sobre as quais temos nos referido exaustivamente, continua em grande vigor.

Frei César, amigo e parceiro de Nascimento

Paulo Cesar Botas, curitibano, violonista cantor, humanista e frei dominicano. Um dos paranaenses mais admiráveis de sua geração. Uma vivência intensa para seus trinta e poucos anos, uma constante fidelidade aos amigos e visão universalista, que o tem feito percorrer vários países sem deixar de ser brasileiro e curitibano, onde retorna constantemente. Nos anos 60, a voz de Paulo César - uma das mais afinadas, aliás - fazia com que mesmo não católicos fossem à missa que o padre Gustavo Pereira oficiava aos domingos.

A arte do cantar (II)

Wilson Miranda, foi um dos cantores que surgiu com grande força nos anos 60. Simpático, comunicativo, voz apropriada a canções românticas, teve uma fase de grande prestigio, só interrompida devido a sua decisão de se dedicar a produção fonografica, realizando, alias, neste campo, uma serie de importantes discos na Continental. Agora, sentindo que o campo de vocalistas está deserto (Emílio Santiago é uma das poucas presenças vigorosas), Miranda vai reaparecer, com um elepe produzido, naturalmente com todo o esmero.

McLaughlin & Gismonti, o show do ano

Willer Butika (Willwe José de Mattos), 33 anos, mineiro de Belo Horizonte, veio na sexta-feira confirmar a inclusão de Curitiba entre as 7 capitais brasileiras que assistirão um dos mais importantes espetáculos de música nesta temporada: o Tropical Jazz-Rock, que soma nada menos do que o mais famoso guitarrista contemporâneo, em termos internacionais, John McLaughlin e sua eletric band ao não menos mundialmente famoso Egberto Gismonti, com seu grupo. Academia de Danças.

Da necessidade de rever a nossa música não urbana

A Aconteve em Curitiba, numa sessão plenária do I Encontro de Pesquisadores da MPB (auditório Salvador de Ferrante, 1.º /3/1975): Lúcio Rangel, 63 anos, pioneiro do jornalismo musical no Brasil, verdadeira enciclopédia de nossa MPB, falava sobre a necessidade de se repensar os nossos valores e, em certa altura, citou como exemplo de compositor que poucos conheciam, mas que pela extensão de sua obra, devera estar rico em direitos autorais, o paulista Raul Torres (Batucatu, 1096 - São Paulo, 1970). Na platéia, um senhor modesto, com humildade, pediu um aparte e disse:

...e o choro venceu na Feira Pixinguinha

Um chorinho despretensioso, mas de muita beleza e ritmo, acabou sendo a música vencedora da Feira Pixinguinha, encerrada sábado, dia 23, no auditório da Associação dos Servidores do Banco Central - uma magnifica instalação, no setor de clubes, em Brasília. Promoção da Funarte, através da Consultoria de Projetos Especiais, destinada a abrir chances para novos compositores, a Feira Pixinguinha teve mais de 500 músicas inscritas, das quais, em 4 eliminatórias, realizadas nas semanas anteriores, foram selecionadas 12 que concorreram na finalíssima.

Com o poder da Ariola talvez o Brasil conheça a nossa Denise

Por incrível que pareça, só agora, com a implantação de uma poderosa multinacional fonográfica no Brasil - a Ariola, pertencente à Bertelsmann Corporation, sólido grupo empresarial alemão que só em 1979 faturou Cr$ 92 bilhões - uma compositora e cantora paranaense (de Ponta Grossa) terá sua vez de ser mais conhecida no Brasil: Denise de Kalafe, há 10 anos radicada no México, é desde princípios do ano passado, contratada da Ariola por onde já fez dois elepês, um dos quais intitulado "Cuando hay amor...

A Semana Musical

AS perspectivas musicais continuam excelentes: hoje, Jackson do Pandeiro e Alceu Valença fazem suas últimas apresentações, às 21 horas, no Teatro Guaira, dentro do Projeto Pixinguinha, que prosseguirá segunda-feira, com Joyce e Toninho Horta, compositores da maior voltagem, ela também cantora de méritos, ele um excelente instrumentista, originalmente do grupo de Milton Nascimento, hoje ensaiando sua carreira solo.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br