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Pisco, o homem que acaba com o chiado

Se não fosse um dos mais competentes integrantes da equipe de produção da Rádio Roquete Pinto, no Rio de Janeiro, e assim poder identificar-se como radialista - Ayrton Pisco confundiria os recepcionistas dos hotéis em que se hospeda ao preencher a sua ficha de entrada no item profissão: "especialista em restauração fonográfica". Sem dúvida, Pisco é o único profissional do Brasil - e um dos poucos no mundo - que pode assumir oficialmente esta "profissão" originalíssima - e que lhe representa mais de 90% de seu gordo orçamento mensal.

Os caçadores dos sons perdidos

Ayrton Pisco não sabe precisar quantas faixas já recuperou para a nossa música popular. Foram milhares, pois há quase dez anos vem trabalhando sozinho (só agora está começando a repassar a um de seus netos o seu know-how) na reconstituição de gravações que representam os únicos registros de nosso passado musical.

A música em palavras

O professor e pesquisador Alceu Schwab, 66 aos - que em breve lança seu "A Música Popular no Cassino Ahú", terá que reeditar seu pioneiro "Bibliografia da MPB", que fez há alguns anos. É que anualmente aumenta o número de livros sobre a nossa música - biografias, ensaios, interpretações e mesmo obras de arte. 1990 foi, particularmente, generoso: quase 30 lançamentos, incluindo trabalhos de fôlego e dois livros que estão nas relações dos mais vendidos desde quando saíram do prelo: "Chega de Saudade", de Ruy Castro, e "Noel Rosa, Uma Biografia", de João Máximo e Carlos Didier.

As melhores produções alternativas de 1990

1. "Encontro das Águas" - Juca Novaes e Eduardo Santana (Cachet Records, MPM Produções, Rua Ministro Gastão Mesquita, 855, São Paulo). O grande coordenador da Feira Avarense de Música Popular - reconhecidamente o melhor festival de MPB do país, que a cada ano traz inovações e teve suas últimas edições lançadas em disco, Juca Novaes é também compositor e intérprete, veterano participante de vários festivais (inclusive o Fercapo, de Cascavel).

As bandas do rock tupiniquim

O sucesso que as bandas de rock estão alcançando em apresentações ao vivo, lotando grandes espaços (como o ginásio do círculo Militar, no caso dos Engenheiros do Hawai; fazendo a abertura do super show do Wallers no último domingo, na Pedreira/Espaço Cultural Paulo Leminski), confirma, como se preciso fosse, a existência de um público jovem, de grande facilidade de conquista e que absorve conjuntos que, a rigor, nos tempos de maior exigência musical não teriam tanta aprovação.

A noite em que João Gilberto cantou em Curitiba

Foi num domingo. E lá se vão 28 anos, mas parece que foi ontem. A Bossa Nova ainda era vista com restrições. Mesmo pessoas que gostavam da música brasileira como João Féder, então secretário de redação da vibrante "Tribuna do Paraná", ex-discotecário da Rádio Guairacá e hoje conselheiro do Tribunal de Contas, não entendia bem o canto aparentemente desafinado do nome maior da Bossa Nova - o baiano João Gilberto. Nara Leão, então, nem pensar.

Agora, os melhores do jazz em edições laser

Se faz lançamentos na área mais popular - como o álbum The Cleebanoff Strings & Orquestra ("Besame Mucho"), com 20 hits de várias épocas, abre uma série para Blues com diferentes intérpretes - que merecerá registro posterior - o forte da Imagem, além dos clássicos, são os discos de jazz. Desde a música das big bands - como a de Harry James, (1916-1983), com seus 14 standards mais conhecidos a partir do prefixo "Ciribiribin" - ao raro álbum com Chet Baker (1929-1988) cantando - o catálogo da Imagem é rico e diversificado.

No campo de batalha

Juca Novaes é um dos principais animadores da vida musical do Interior de São Paulo. Paulista de Avaré, fez a mostra que há 7 anos promete em sua cidade alcançar dimensão nacional, crescendo em qualidade a cada ano. Mas Novaes é também inspirado compositor-cantor já tendo participado de várias edições do Fercapo (Cascavel) e agora reúne suas bonitas músicas num elepê independente, "Encontro das Águas", dividido com o parceiro Eduardo Santana - e que será lançado segunda-feira, dia 5, no Bar Vou Vivendo, o templo da MPB na noite Paulistana. xxx
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