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A visão social da música brasileira

Há 24 anos, quando ainda existia a euforia da música popular brasileira, e especialmente a Bossa Nova ter vencido nos Estados Unidos, José Ramos Tinhorão propôs uma reflexão em "Música Popular - Um Tema em Debate" (Editora Saga, 1966, reeditado pela JCM, 1969, esgotado). Mas seria três anos depois com "O Samba Agora Vai... A Farsa da Música no Exterior" (JCM Editores, também esgotado), que Tinhorão provocaria maiores iras.

Criatividade marca o seu novo trabalho

Para quem esperava encontrar em "Remota Batucada", há cinco anos, um disco de uma roqueira apelando para o samba, quebrou solenemente a cara. Mesmo incluindo elementos de rock, as músicas que May ali apresentava traziam um setor de novidade e audácia - razão pela qual o álbum não emplacou nas paradas do sucesso e foi mesmo pouco divulgado nas FMs, insensíveis a projetos mais inteligentes.

Livro sobre Cassino Ahú finalmente será editado

Finalmente, a decisão foi favorável: o conselho editorial da Secretaria da Cultura aprovou a edição do livro do professor e pesquisador Alceu Schwaab sobre o Cassino Ahú e a sua importância no roteiro dos artistas de nossa MPB que passaram por Curitiba nos anos dourados em que aquele estabelecimento funcionou. Desde quando o incansável Schwaab começou a trabalhar neste projeto, com a calma e segurança que caracteriza tudo que desenvolve, temos acompanhado seu rigor de pesquisador, sua preocupação em oferecer informações confiáveis.

Troféu para todas veredas musicais

Paulinho da Viola (Paulo César Batista de Faria), às vésperas dos 48, cabelos enbranquecidos, elegantíssimo num terno marrom, emocionou logo no início do espetáculo em homenagem a Maysa, quando, com sua voz perfeita, interpretou as mais conhecidas das canções da inesquecível autora: "Ouça". Depois, foi a vez dele se emocionar: por quatro vezes recebeu as premiações que tinha todo direito - por seu maravilhoso álbum ("Eu Canto Samba", Barclay), que fez após uma parada de cinco anos em gravações.

Leon traz as suas cantoras do rádio

Para a leitura de um livro como "No Tempo de Almirante - Uma História do Rádio e da MPB", de Sérgio Cabral (Francisco Alves Editora) há que se buscar um fundo musical apropriado. E nisto o trabalho de um pernambucano-curitibano, Leon Barg, 60 anos, é perfeito: as edições da "Revivendo", com a época de ouro da música (e do rádio) brasileiro adquirem um justo reconhecimento nacional.

Só Preto (sem preconceitos)

Black não é apenas beautiful. É música. Estão aí milhares de exemplos para provar que a raça negra é extremamente sonora em todos os gêneros. Por isto mesmo é que surgem a cada ano, novos intérpretes, compositores e músicos negros. Ainda agora, temos o grupo "Só Preto sem Preconceito", formado por Fernando Paz (repique), Paulinho (banjo), Reginaldo (pandeiro), Cimar (tantan, marcação) e Rem (tantani), que estreiam num elepê apropriadamente intitulado "A Coisa Mais Linda" (EMI/Odeon).

Almirante, o primeiro homem que pesquisou nossa música popular

Apesar de nunca ter vindo a Curitiba, o cantor - e depois produtor dos mais famosos programas do rádio brasileiro - Almirante (Henrique Foreis Domingues, Rio de Janeiro, 19/02/1908 - 22/12/1980), teve numa firma paranaense - a Matte Leão, através de um dos seus produtos, o "Matte Ildedonso", um dos patrocinadores daquele que é considerado o primeiro programa de palco auditório da radiofonia brasileira - o "Caixa de Perguntas", iniciado em agosto de 1938 na Rádio Nacional, que havia sido inaugurada dois anos antes, em 12 de setembro de 1936.

Pavão voou no tempo para contar a história do rock

Nos tempos pioneiros da TV Paranaense, quando suas transmissões ao vivo eram feitas de um estúdio-kitchenet no último andar do edifício Tijucas, uma das atrações musicais que ali se apresentava com sucesso era o Conjunto Alvorada, formado por três afinadas menininhas, Sidneia, Marly e Meire. O grupo era dirigido pelo professor Theotônio Pavão, violinista, compositor, paulista de Botucatu, onde viria a falecer, aos 72 anos, em 25 de março de 1988.

No campo de batalha

Transformações no lazer do Setor Histórico: na primeira quadra da Avenida Mateus Leme, número 39, onde já funcionaram ambientes pretensamente sofisticados - o último dos quais foi o restaurante Chamonix - inaugurando uma animada casa nativista. É a "Papannas", do homem da noite Hamilton Coutinho, ex-Angel Flight, que de acordo com os novos tempos trocou o rock pela música sulina, tirou os tapetes da casa e tem hoje uma freguesia bem popular.

As 500 canções que Ermelinda pesquisou

Educadora e pesquisadora musical incansável, Ermelinda Azevedo Paz está publicando um novo livro: "500 Canções Brasileiras" (Luís Bogo Editor, 200 páginas). Enquanto não conclui um ensaio biográfico sobre Jacob do Bandolim (Jacob Pick Bittencourt, 1918-1969), Ermelinda decidiu publicar este livro que tem um caráter basicamente didático - embora interesse a todos que se ligam a nossa MPB. Explica a autora: - "Foi pesquisada e elaborada para fins didáticos, abarcando todo o conteúdo programático do ensino quanto à iniciação, teoria e percepção musical".
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