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Beth Carvalho

Albino Pinheiro, um carioca 100%

Para muitos, ele não é apenas a imagem do carioca perfeito. É a própria griffe do Carnaval, da alegria, da animação e das festas populares. Sobrinho de um dos grandes compositores brasileiros - Custódio Mesquita, advogado, ator bissexto (apareceu, entre outros filmes em "Lucia McCartney" e agora será produtor-ator de um filme sobre Natal da Portela, que Paulo César Sarraceni começa a rodar nesta semana), a classificação que melhor se ajusta a Albino Pinheiro é a de "Agitador Cultural".

DECLARAÇÃO DE VOTO

Sem considerar os elepês de Beth Carvalho e Maria Bethânia - que, lançados neste finalzinho de ano, ainda não chegaram aos nossos ouvidos - pode-se dizer que 1986 foi, mais uma vez, um ano de canto das mulheres. A começar pelo retorno, há tanto ansiosamente aguardado, da Divina Elizeth Cardoso, 66 anos, que num álbum comemorativo aos seus 50 anos de carreira, foi carinhosamente produzido pelo seu mais ardoroso fã, o poeta e animador cultural Hermínio Bello de Carvalho.

Pagode, a reação verde amarela contra o rock

Se o rock continuou a ser o grande campo de investimento das principais gravadoras - especialmente as multinacionais - houve, em contrapartida, a nacionalística reação do pagode. De modestas produções na RGE, o pagode cresceu em vendas e terminou o ano ganhando os espaços nobres dos milionários programas especiais de fim de ano das redes nacionais de televisão, até mesmo no super Global especial de Roberto Carlos.

Ivan - Cara nova, um pouco de rock e muito otimismo

A proposta tinha que ser, realmente, audaciosa. Aos 40 anos, uma reformulação que foi da vida pessoal (uma nova esposa, Valéria) até a música (a participação no Rock In Rio, janeiro/85, com sucesso), Ivan Lins pretendeu modificar seus rumos musicais - sem desperdiçar uma platéia tradicional e que desde os anos 60, dos tempos do MAU e dos Festivais Internacionais da Canção ("O Amor é Meu País", 1970) lhe tem sido relativamente fiel.

Beth, o samba com todo o romantismo

Beth Carvalho continua a mesma. Isto é, maravilhosa! A ironia do pagode de "Corda no pescoço" (Almir Guineto/ Adolfo Magalha), falando que "o povo como está/ Está com a corda no pescoço/ É o dito popular/ Deixa a carne e rói o osso", ou o romantismo de mais um inédito do grande Cartola (Agenor de Olveira - 1908-1980), em parceria com Regina Werneck (ex-Quaterto em Cy), no belíssimo "Espero por ti". "Mesmo sem saber/ Se virás um dia Eu espero por ti/ confiante e só aqui".

Eliane, uma fogueira com bossa e balanço

A trágica e prematura morte de Clara Nunes (1943-1983) deixou Beth Carvalho numa liderança natural da música brasileira no que se refere às raízes populares. Embora na própria RCA haja uma cantora em ascensão unindo a força e calor do samba ao romantismo - a maranhense Alcione - muitas tentativas de ingressar neste segmento da MPB têm fracassado. Candidatas a interpretarem o samba, o forró, ou a canção romântica com a desenvoltura de uma Beth Carvalho existem muitas. Poucas, entretanto conseguem ser bem sucedidas.

Yana, a outra Purim, que também venceu nos States

Era janeiro de 1978. Hospedado num pequeno hotel em Westwood, um bairro de Los Angeles, próximo da Ucla University, telefono para Airto e ele avisa-me que Flora passaria para apanhar-me. Não deixava de ser emocionante rever Airto, amigo de Curitiba, e conhecer sua residência em Beverly Hills, próximo a tantas mansões de gente famosa da música e cinema (atualmente ele mora em Santa Mônica). Flora eu conhecia rapidamente, da única vez que passou por Curitiba, em 1964, quando divulgava seu primeiro elepê, feito na RCA - de uma fase inicial, que não gosta nem de lembrar.

Nilze, a descoberta de Adelzon

O paranaense Adelzon Alves é hoje, possivelmente, um dos "dez mais" cariocas. Moço humilde que chegou do Norte do Paraná no início dos anos 60, trabalhou em várias emissoras de Curitiba, e consciente dos direitos trabalhistas de uma categoria tradicionalmente explorada, foi um dos batalhadores para a formação do Sindicato dos Radialistas. O que lhe custou, com o golpe militar de 1964, perseguições mil. Obrigado a deixar Curitiba, foi para o Rio de Janeiro - onde não conhecia ninguém, sem dinheiro, sem proteção alguma.

Mais do que modismo, é o samba de muita categoria

Há um mês, fazendo um dos melhores shows já vistos no Clube Curitibano, Beth Carvalho insistiu em falar em pagode antes de cantar algumas de suas melhores músicas. Para um público classe A, pouco habituado a modismos musicais, a palavra até poderia parecer estranha. Há dez quadras do Curitibano, na avenida Marechal Floriano, um antigo forró é agora o Carangueijão II - A Casa do Pagode, onde nos fins de semana, o pagode come solto.
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