Oracy Gemba
Jussara no Palco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de julho de 1976
Depois que Oracy Gemba voltou-se para fatos da história e estória paranaense como temática de suas peças - primeiro Maria Bueno, depois do cerco da Lapa e agora um texto, em elaboração, sobre o Drama da Fazenda Fortaleza, do romance de David Carneiro, outras tentativas começam a serem feitas. A mais recente é a do jovem José Roberto Oliva, 23 anos, formado em jornalismo, compositor e redator de publicidade, que, junto com sua noiva, Olga, está trabalhando numa peça sobre uma radialista falecida há poucos meses, de grande prestígio nas classes "C" e "D", a "Jussara da Tarde".
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Mamãe Lapa, ainda
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de maio de 1976
"O Cerco da Lapa" ofereceu ao seu autor-diretor Oracy Gembra; um desafio; partindo de um fato real, em termos regionais um dos momentos de maior heroísmo do povo paranaense (embora o comandante da resistência, Antônio Ernesto Gomes Carneiro, fosse mineiro de Serro Frio, 19/11/1846), construir uma peça atual - em que não ficasse no pseud-historicismo, que ainda recentemente deve uma das maiores catástrofes da vida "cultural" paranaense ( "Telemaco,1975).
Além do Arco-Iris
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de agosto de 1975
A temporada de "Os Rapazes da Banda" (auditório Salvador de Ferrante, 21 horas, hoje e amanhã) com sucesso de público e sem maiores protestos dos setores tradicionalmente conservadores, veio demonstrar que alguma coisa está mudando na mentalidade dos mais puritanos. Se há seis anos, entidades feministas exigiram a interdição do Teatro Guaíra para que Tonia Carrero não apresentasse a visão de Plínio Marcos do dia-a-dia (ou noite a noite) de uma pobre prostituta (Norma Suly) no vigoroso "Navalha na Carne", para este "Boys of the Band", não se registraram maiores polêmicas.
Artigo em 20.04.1975
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de abril de 1975
1 Hoje em nosso programa pela Rádio Ouro Verde ("Domingo Sem Futebol"), a partir das 15 horas), estaremos focalizando o álbum "Bossa Nova/Sua História/Sua Gente" (vide comentário nesta mesma página) e apresentando, em primeira mão no Paraná, o lp importado com a trilha sonora de "O Poderoso Chefão - Segunda Parte", que valeu a Nino Rota/Carmino Coppola, o Oscar-74, em matéria de score original. No Brasil, "The Godfather-Part Two", terá sua sound-track editada pela RGE, que representa a Paramount Record entre [nós].
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Natal com Carmen
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de novembro de 1977
Como dizia Gilberto Gil, louve-se a quem merece ser louvado: Oracy Gemba teve a mais feliz das idéias para comemorar o 6º aniversário do Paiol, cuja direção artística assumiu. Um espetáculo com Carmem Costa interpretando hinos, louvados & ladainhas, na mesma linha de recitais que a maravilhosa vocalista fez, há 3 anos, no Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro, com produção dos jornalistas Antonio Chrisostomo e Arthur Laranjeiras e, posteriormente, repetido em São Paulo, na TV-Cultura e em Brasília.
Joffre, o homem, o sonho & o teatro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de junho de 1977
Na próxima sexta-feira, dia 10, quando o musical "Arena Conta Tiradentes" de Boal Guarnieri-Lobo; estrear no palco do Teatro de Arena em Jacarezinho, não será apenas o diretor Oracy Gemba que merecerá aplausos.
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Som muito louco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de maio de 1977
O grupo instrumental-vocal Les Luthiers ainda não é conhecido no Brasil, mas há seis anos encanta as platéias de vários países onde tem atuado. Formando por cinco músicos de excelente nível, Los Luthiers, a exemplo do qual fazia o norte-americano Spike Jones, desmistificam a seriedade musical, com gags, improvisações e, principalmente, utilização de instrumentos originais, por eles mesmo adaptados, como o Violata, uma maquina de escrever, um dacatilofono, além de um goadíssimo instrumento de sopro chamado "Tubofono Siliconicô Cromático".
Musical sertanejo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de maio de 1977
Entre uma espécie de musical sertanejo a um divertido vaudeville na melhor tradição do triângulo amoroso criado excesso de ciúme, "A Árvore dos mamulengos"(Guairão, até domingo, 21 horas, posterior temporadas em cidades do Interior e São Paulo) é um dos espetáculos mais estimulantes já montados em Curitiba.
As poesias de Ricardo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de fevereiro de 1977
Ricardo Viveiros de Paula, 27 anos, radicado no Rio de Janeiro mas com larga quilometragem curitibana, não aceita a tese de que poesia não vende. Publicando livros há 11 anos. Ricardo já vendeu 22 mil exemplares de seus quatro primeiros livros - "Jovens em Festa" (1966). "Tempo de Amor e Guerra" (1968). "Canto (quase Sem Desencanto" (1970) e "Poemas Para Ninar Tristeza" (1972). Agora, Ricardo está novamente em Curitiba, acertando com quatro meses de antecipação o lançamento de seu novo livro. "Nas Asas do Vento", com prefácio de Walmir Ayala, mas ainda sem editora definida.
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Carnaval curitibano: realidade ou ficção?
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de janeiro de 1977
Existem muitas teorias que tentam explicar o fato do carnaval curitibano ser, tradicionalmente, tão triste e desanimado. Lembrar a formação étnica de Curitiba (poloneses, ucranianos, alemães etc), a falta de tradição, a pequena parcela da população negra, (historicamente mais relacionada ao rítmo afro-brasileiro), entre outros argumentos. O fato é que todos os anos, repete-se o mesmo fenômeno: só 7 ou 8 semanas antes da festa popular, é que as escolas de samba se decidem a agrupar motivadas principalmente pelas subvenções da Prefeitura, que tem crescido um mínimo de 20% ao ano.