Civilização Brasileira
A guerra de Malaparte em
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de março de 1986
Jornalista e escritor, Curzio Malaparte (Curzio Suckers, Partu, 1898 - Roma, 1957) foi um intelectual angustiado e inquieto. Combatia a civilização requintada das cidades defendendo a volta à vida primitiva e simples do campo mas envolveu-se em questões políticas e chegou, em certa época, a admitir o fascismo. Militar, viu os horrores da Segunda Guerra Mundial e, com extrema simplicidade, produziu dois clássicos - "Kapput" (1944) e "La Pelle" (1949).
Ítalo voltou, com poesia, 20 anos depois de Brecht
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de setembro de 1986
Uma coincidência que, por certo, nem o próprio Rossi (Ítalo Baibo Rossi de Fratti, São Paulo, 17/01/1931) se lembra: foi há exatamente 20 anos, em agosto de 1966, que esteve em Curitiba, numa estréia nacional da primeira superprodução dirigida por Flávio Rangel, na qual tinha um papel de destaque: era Matt em "O Sr. Puntilla e o seu criado Matt", de Bertolt Brecht. Agora, Ítalo está no Teatro do Paiol, ao lado de um dos seus melhores amigos, Walmor Chagas, 50 anos, num espetáculo que vem fazendo sucesso desde sua estréia: um recital de poemas de Fernando Pessoa (hoje a domingo, 21 horas).
Balcão de Ofertas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de junho de 1986
As conseqüências do erotismo de Lewis Carroll, autor do mundialmente famoso "Alice no País das Maravilhas", na vida de sua pequena musa inspirada Alice Liddell, é o tema de "Alice aos 80" (Alice at 80, tradução de Aulyde Soares Rodrigues, 256 páginas, Cz$ 97,30, Editora Rocco), Carroll era pedófilo, tendência que disfarçava com o hábito de fotografar suas amiguinhas, doces e meigas meninas de 7 a 10 anos, entre as quais Alice que, assim como Carroll, tornou-se inteiramente cérebre - mas que lhe causou sérios problemas em sua vida particular.
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O cinema em revista (com muitos livros)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de maio de 1986
Em várias frentes, a indústria editorial está descobrindo as possibilidades do cinema impresso. Embora ainda estejamos longe da fartura que existe na Europa e Estados Unidos, com centenas de livros relacionados ao cinema que aparecem mensalmente, começam a acontecer edições destinadas a vários segmentos. Desde obras ambiciosas e caras - como o famoso volume de entrevistas de Alfred Hitchcock a François Truffaut, que a Brasiliense promete colocar nas livrarias dentro de algumas semanas - até adaptações para jovens de roteiros com filmes de sucesso. Rapidamente, eis alguns registros.
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- Mundo dos Sonhos
- O Enigma da Pirâmide
- O Jardim dos Finzi-Contini
- Os Goonies
- Palma de Ouro
- Sérgio Leemann
- Sherlock Holmes
- Sidney Pollack
- Thales Pan Chacon
- Uma Fazenda
- Universidade Livre
- Vittorio de Sica
Hemingway, a permanência de um mito da literatura
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de maio de 1986
Um quarto de século após a sua morte - em 2 de julho de 1961, em Ketchum, Idaho - Ernest Miller Hemingway continua a ser o escritor e o mito. Enquanto a Civilização Brasileira reedita sua obra e na Itália uma de suas mais intimistas novelas - "Do Outro Lado do Rio, Entre as Árvores" (de 1950) é levada também ao cinema - nos Estados Unidos, mais três ensaios sobre sua vida são publicados: "Hemingway, A Biography" de Jeffrey Meyers (New York, Harper and Row, Publishers, 646 páginas); "Along With Youth Hemingway.
Os poetas da noite, dos bares, do mundo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de fevereiro de 1986
Um modismo que no Rio de Janeiro ganhou cobertura nacional e muita badalação vem acontecendo em Curitiba há mais de um ano: declamações em bar. Alberto Cardoso, 55 anos, morretense das margens do Nhundiaquara, que depois de ter vivido por muitos anos no "exterior", devido suas atividades de militar da Aeronáutica, faz hoje aquilo que gosta: é dono de um bar em que a poesia conta mais do que dinheiro.
Os nazistas na América e o perigo do IV Reich
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de dezembro de 1985
O carrasco nazista Klaus Barbie é um dos últimos grandes criminosos de guerra à espera de julgamento. Há dez anos foi localizado e entrevistado na Bolívia pelo jornalista Ewaldo Dantas, num dos grandes furos de reportagem para "O Estado de São Paulo". Extraditado só recentemente para a França - onde cometeu a maioria de seus crimes de guerra - o julgamento de Barbie vem sendo adiado, ao que consta pelo temor das revelações que poderá fazer (ou serem feitas por outras testemunhas), capazes de comprometer muita gente importante.
Da ximbica aos anos de ouro da Nacional
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de fevereiro de 1985
Quando a Escola de Samba Embaixadores da Alegria entrou na Marechal Deodoro, já na madrugada do último sábado de Carnaval, muita gente - especialmente os jovens - não entenderam bem o refrão do bonito samba-enredo de Carlos Mattar, falando em "Ximbica/Ximbiquinha/Ximbicão". Afinal, o que essa palavra tinha em comum com o homenageado da escola, seu fundador e dirigente por 22 anos, advogado José Cadilhe de Oliveira?
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Artigo em 24.01.1985
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de janeiro de 1985
Um engano de sobrenomes em nossa coluna de Terça-feira: chama-se Ceres Malucelli – e não Ceres de Ferrante – a sensual morena que, há alguns anos, criou uma ala dissidente dentro do primeiro "Clube dos Solitários" fundado pela sra. Arice Buchmann (ex-Fleury da Rocha).
Ceres Malucelli já montou dois clubes de solitários e hoje é dona de um misto de pizzaria e galeria de arte no Alto São Francisco. Ceres de Ferrante, filha do pioneiro do teatro paranaense – Salvador de Ferrante – é poeta e professora.
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Artigo em 18.09.1985
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de setembro de 1985
Enio Silveira é o mais respeitado nome do meio editorial brasileiro. Fundador e diretor da Civilização Brasileira, fez os mais importantes e corajosos lançamentos, durante mais de 20 anos. Oprimido pela Revolução, acabou se desfazendo daquela casa, hoje pertencente a um grupo multinacional. Mas agora o bravo Enio volta a ter uma editora: a Philobilion Livros de Arte Ltda., E um dos primeiros lançamentos será uma bela edição com sonetos do paranaense João Manuel Simões, de quem Enio já lançou duas obras.