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Guido Araújo

Cinema ecológico que Curitiba não conhece

Paralelamente ao V RioCine Festival, em agosto último, houve uma mostra do cinema ecológico. Em Salvador, substituindo a Jornada do Cinema Brasileiro - que o idealista Guido Araújo vinha promovendo desde 1972 - aconteceu um simpósio Internacional do Cinema na Defesa do Meio Ambiente. Em Maringá, o prefeito Ricardo Barros, apoiou a idéia de levar uma seleção dos filmes e vídeos no RioCine. Em Curitiba, que o prefeito Jaime Lerner deseja ver transformada na "capital ecológica do Brasil", até agora nada foi feito.

Tetê mostra a terra de Rose em Curitiba

Valeu a pena a cineasta Tetê de Moraes ter vindo a Curitiba, há um mês, para evitar que seu premiado "Terra para Rose" fosse "queimado" no Cine Groff, como pretendia a coordenação de cinema da Fundação Cultural, ao jogar para aquela sala - a pior do circuito oficial (excluindo a asfixiante Cinemateca, há muito necessitando de uma reforma) uma obra que merece tratamento especial.

Um festival do real sem estrelismos

Salvador - Não há mais estrelas globais, rostos famosos, e mesmo belas "panteras" nas sessões. Ao contrário, as sessões acontecem em salas modestas, na maioria dos filmes projetados em 16 milímetros. A cobertura jornalística e da televisão é mínima. Os jornais nacionais ignoram e até a imprensa local dá pouco espaço. Entretanto, ininterruptamente, a Jornada Internacional de Cinema da Bahia, acontece desde 1972, com um prestígio cada vez maior.

Espaços alternativos e direitos humanos em discussão na Jornada

Salvador - O mais importante documentário realizado no Brasil nos últimos anos sobre a questão cultural, "Memória Viva", de Octávio Bezerra, premiado no IV FestRio, continua inédito quase um ano após ter sido aplaudido pelos que o assistiram na única exibição realizada no Hotel Nacional. Bezerra, 44 anos, mostra-se revoltado com a Embrafilme: - "Não existe o menor plano de lançamento para este filme, nem para tantos outros projetos especiais, que ficam bloqueados devido à incompetência da empresa em sua área de comercialização".

Na ficção, "Imagens" revela um paranaense

Em sua maioria, os filmes e vídeos levados ao Festival de Cinema da Bahia são documentários - quase sempre com uma visão política-social bem definida. Internacionalizado com a participação de emergentes cinematografias da América Latina e também da África, dos países de língua portuguesa, a mostra que Guido Araújo idealizou e que, em 17 anos, se consolidou como uma das mais importantes, em sua área, em todo mundo, também não despreza as realizações em ficção. Prova disto é que um dos prêmios oficiais - Tatu de Prata - foi reservado para o melhor curta ou média neste gênero.

Um filme amargo sobre a escravidão dos haitianos

Premiado no Festival de Cinema de Havana no ano passado e o mais impressionante filme exibido durante a XVII Jornada de Cinema da Bahia (Salvador, 8 a 4 de setembro), "Açúcar Negro" tem, finalmente, projeções em Curitiba (Cinemateca do Museu Guido Viaro, hoje e amanhã, 20h30). Seu realizador, o canadense Michel Reigner, veio ao Brasil, a convite de Guido Araújo, diretor da Jornada - e estendeu sua estada a São Paulo, onde "Sucre Noir", apresentado pela Fundação Cinemateca, provocou também grande impacto.

Vídeo independente amplia cada vez mais a realidade

A necessária abertura também para o vídeo, fez com que a Jornada de Cinema da Bahia - a exemplo do que acontece no FestRio - passasse a oferecer múltiplos programas. Assim, mesmo sendo ainda uma promoção modesta dentro de sua realidade, as sessões se multiplicaram, com os vídeos agrupados tanto na área competitiva como informativa - distribuídas no auditório do Instituto Goethe, como no salão Atlântico do Hotel da Bahia (ao menos nos primeiros dias, pois, na segunda-feira a aparelhagem ali instalada pifou).

Uma Jornada com múltiplas opções

Da modesta I Jornada Baiana de curta-Metragem, que Guido Araújo idealizou "como uma tentativa de restituir ao cinema da Bahia a vitalidade que este havia possuído durante a década de 60" - realizada entre 13 e 16 de janeiro de 1972, com apenas seis filmes (super 8 /16mm) inscritos, a esta XVII Jornada de Cinema da Bahia - acoplada ao IV Concurso de Filme e Vídeo Latino-Americano, a produção cresceu e se consolidou.

Documentários sobre questões indígenas

Assim como a questão negra teve diferentes enfoques nos vídeos apresentados em Salvador, durante a XVII Jornada de Cinema (8 a 14 de setembro), também a abordagem de assuntos relacionados aos índios mereceu apreciações em vários trabalhos em competição. Confirmou-se, assim, a preocupação dos realizadores agrupados nesta mostra que Guido Araújo promove desde 1972, na utilização da força das imagens como denúncia de graves problemas sociais.
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