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A Hora da Estrela

A guerra de Malaparte em

Jornalista e escritor, Curzio Malaparte (Curzio Suckers, Partu, 1898 - Roma, 1957) foi um intelectual angustiado e inquieto. Combatia a civilização requintada das cidades defendendo a volta à vida primitiva e simples do campo mas envolveu-se em questões políticas e chegou, em certa época, a admitir o fascismo. Militar, viu os horrores da Segunda Guerra Mundial e, com extrema simplicidade, produziu dois clássicos - "Kapput" (1944) e "La Pelle" (1949).

Ótimas reprises compensam a falta de novas produções

Se não há nenhuma estréia de especial significado, a semana tem, em compensação, reprises do mais alto nível. Dois dos melhores (e mais badalados) filmes do ano retornam nos cinemas da Fundação Cultural, numa tentativa do bom Chico Alves em recuperar os prejuízos que teve com a exibição de "Diacuí - A Viagem de Volta", que não chegou a render nem 20% do que "Metrópolis", de Fritz Lang, havia conseguido na semana anterior - e que, criminosamente, teve sua programação interrompida para irritação dos espectadores.

No campo de batalha

Edson Otto, diretor técnico do Instituto de Tradição e Folclore do Rio Grande do Sul, esteve na cidade na quarta-feira. Veio especialmente para prestigiar o lançamento do festival Canto Terra, que o seu amigo e conterrâneo (de Carazinho, RS), José Ernesto Tavares, secretário de Turismo e Cultura de Campo Mourão, promoverá de 26 a 28 de setembro naquela cidade. xxx

Maria escreve livro sobre o pai Tenório

O filme só estreará em setembro, depois da Copa. Afinal, Sérgio Rezende sabe que apesar de toda euforia pelo cinema brasileiro neste primeiro semestre, nas águas das três premiações internacionais (Oscar a William Hurt, por "O Beijo da Mulher Aranha"; Urso de Ouro para Marcélia Cartaxo por "A Hora da Estrela" e Palma de Cannes a Fernanda Torres por "Eu sei que vou te amar"), os jogos no México, a partir da próxima semana, farão com que os cinemas esvaziem.

Revistas de cinema, do passado e do presente

"Cinemin" está circulando regularmente há mais de dois anos, com edições que melhoraram de número para número: "Filme Cultura", da Embrafilme, chega ao número 46, em quase 20 anos e se a experiência bem intencionada como a "Moviola", de um grupo de cinemaníacos gaúchos parece ter acabado, surgem duas novas - e irreverentes - publicações cinematográficas: a "Cisco", em Goiânia e o "Cinema Livre" em Salvador.

O filme que deu o prêmio a Fernanda Torres em exibição

A premiação de Fernanda Torres como melhor atriz do recém-encerrado Festival de Cannes - embora dividindo o troféu com a alemã Barbara Sukowa (por "Rosa de Luxemburgo") - por certo foi a sorte grande para fazer com que EU SEI QUE VOU TE AMAR seja o sucesso nacional do ano. Introspectivo, com apenas dois intérpretes - Fernanda e o estreante Thales Pan Chacon - este filme de Arnaldo Jabor já tinha, desde suas primeiras exibições (como no encerramento do Festival de Gramado, em abril último), conquistado o público.

As mulheres & o cinema

Curitiba movimenta-se cinematograficamente a partir de hoje com o Fórum do Cinema Documentário Brasileiro, organizado pela Cinemateca do Museu Guido Viaro, Associação dos Documentaristas - Secção Paraná e SESC. A partir do lançamento de "Céu Aberto", de João Baptista de Andrade (hoje, Cine Ritz, 20,30 horas) - longa-metragem sobre a morte do presidente Tancredo Neves (já exibido nos FestRio e Gramado), múltiplos eventos acontecerão na Cinemateca, cines Groff e Luz.

Artigo em 16.05.1986

Alô, alô, Embrafilme. Espetáculo deprimente aquele da platéia durante a pré-estréia de "A Hora da Estrela", belíssimo filme de Suzana Amaral! É o que acontece com a distribuição equivocada de convites. Além de equivocada, uma péssima distribuição, por sinal. Lei Seca No começo se pensava até que era piada: artistas desculpando-se pela falta do vinho alegando proibição da Fundação Cultural de Curitiba para a realização de coquetéis nas vernissagens. Mas não é uma piada: a Fundação realmente está impedindo arte com cachaça, vinho ou uísque em suas dependências.

Duas obras-primas em cartaz

A Rosa Púrpura do Cairo no Ritz e Paris, Texas no Groff. Imperdível para quem ainda não viu e um presente para os que já conhecem. Algo raro de acontecer: uma semana sem nenhuma estréia. Falta de filmes inéditos? Crise de público?

Entre as 4 estréias, um ótimo nacional: "A Hora da Estrela"

Após duas semanas praticamente sem estréias, acontecem quatro lançamentos. Um deles, sem favor, a melhor estréia do cinema brasileiro em 1986, consagrada pela crítica, 13 prêmios no Festival de Cinema de Brasília e três distinções no último festival de Berlim: "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral (Cine Palace-Itália).
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