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"Querelle", quando Genet é revisto por Fassbinder

["Querelle"], no último filme de Rainer Werner Fasbinder, foi concluído em 1982, pouco antes de sua morte. Sua adaptação do livro de Jean Genet provoca o choque entre duas mitologias, mas também foi a homenagem do cineasta alemão a um dos autores mais controvertidos de nossa época. Assim Fassbinder explicou sua obra, numa entrevista pouco antes de morrer vítima de tóxicos:

Mil opções para os que curtem cinema

Tal como o sertanejo, na descrição de Euclides da Cunha, o cinéfilo apaixonado também tem que ser, antes de tudo, um forte. Haja disposição para acompanhar programações tão amplas que, de repente, acontecem simultaneamente. Seja em São Paulo, onde o crítico Leon Kakof, na nona edição da Mostra Internacional de Cinema, reúne quase 100 filmes inéditos durante duas semanas, seja no próximo FestRio, que, na segunda edição, em novembro, também envolverá uma dezena de mostras paralelas, com mais de 120 programas atraentes, seja, finalmente, também, em Curitiba.

No campo de batalha

Será mesmo "Erendira", de Ruy Guerra, baseado na novela de Gabriel Garcia Marquez, que vai inaugurar o Cine Ritz, no próximo dia 28 de fevereiro. Francisco Alves dos Santos estava na dúvida entre "La Traviatta", de Franco Zeffirelli, e o filme de Guerra, para iniciar as atividades da nova sala de exibição da Fundação Cultural.

Pornô perde para a censura livre

Dos 30 filmes de maior bilheteria em Curitiba, em 1980, apenas seis são pornoproduções. E entre as dez maiores rendas do ano - indicativo, portanto, dos filmes favoritos do público -, nenhum é pornográfico.

Tese de Cezar agora é livro

Em novembro do ano passado, logo após o encerramento do l Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro, no qual "Cabra Marcado Para Morrer", de Eduardo Coutinho, foi o grande premiado, aqui registramos um fato especial : o professor Cezar Benevides, em Curitiba, trabalhava numa tese sobre o mesmo tema que Coutinho tratava no filme - o assassinato do líder João Pedro Teixeira, em 1962, a mando de usineiros da Paraíba, e a criação das Ligas Camponesas naquele Estado.

Seis filmes novos estão em exibição

Numa semana de boas opções cinematográficas, a estréia mais sofisticada: "Antonieta" de Carlos Saura. Depois dos filmes-ballet ("Bodas de Sangue" e "Carmen") esta produção de (1983), realizada no México, com roteiro de JeanClaude Carriere (que era o colaborador habitual de Buñuel), tem um enfoque diferente dentro da filmografia de Saura.

Um México rebelde no filme de Saura

Em alguns momentos, a sensação é de que se está vendo um documentário didático sobre o México. Ante a riqueza de imagens da revolução, a narrativa que é feita à escritora Anna (Hanna Schygulla) sobre os sucessivos governos militares, até o final dos anos 20, e a linguagem extremamente clara, o espectador se surpreende com esse Saura diferente do fabulário e alegórico contador de parábolas que, nos anos duros da ditadura franquista, conseguia fazer passar um cinema renovador/contestador na Espanha.

Reprises numa semana que tem até um filme bíblico

Uma semana sem estréias excepcionais - embora continuem a existir boas opções para o público. Um destaque especial é o aguardado "Noite do sertão", de Carlos Alberto Prates Correia - premiado em Gramado no Festival de 1984 e só agora chegando à tela do Cine Ritz. Ainda hoje, no Astor, o vigoroso "A História de um Soldado", de Norman Jewison que se espera, continue em cartaz ao menos até a próxima quarta-feira. Entretanto poderá ser substituído já amanhã pelo elogiado "Birdys - Asas da Liberdade", de Alan Parker - premiado em Cannes e tido como um dos melhores filmes do ano.

Um novo cinema; e bons filmes

Já se disse que nenhum outro cinema é tão social quanto o norte-americano. Sem proselitismos ou demarcações ideológicas, a indústriade sonhos tem em produtos aparentementemente apenas comerciais saídos dos estúdios de Hollywood, muitas vezes, retratos significativos do "american way of life". Isto pode ser observado em duas atraentes realizações que finalmente chegam às nossas telas e merecem especial atenção. "Minhas Duas Mulheres" (Micki & Maude), de Black Edwards, (Cine Astor) deve repetir o mesmo êxito de "Mulher Nota 10" Ten) e traz o mesmo intérprete, o inglês Dudley Moore.

"Noites do Sertão", o melhor Rosa no Cinema

O mineiro Carlos Alberto Prates Correia é um cineasta que tem sido muito bem sucedido em termos de aceitação crítica de seus filmes. Em 1975, seu segundo longa-metragem (o primeiro, "Criolo Doido", de 71, poucos viram), "Perdida", ganhou o Coruja de Ouro como melhor filme e mereceu ainda o troféu de melhor trilha sonora para Tavinho Moura. "Cabaret Mineiro", levado ao Festival de Gramado em 1981, arrebatou os principais prêmios: filme, direção, ator, atriz coadjuvante, fotografia, montagem e mais um Kikito para Tavinho Moura - pela trilha sonora.
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