Arnaldo Fontana
Artigo em 09.02.1975
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de fevereiro de 1975
Tristeza às vésperas do Carnaval. Até ontem à noite centenas de amigos de Arnaldo Fontana, 29 anos, advogado e industrial, juntavam sua angustia e preocupação a de seus familiares, frente ao seu misterioso desaparecimento na quinta feira à tarde. Jovem solteiro, executivo bem sucedido nas administrações das duas empresas de sua família - Record e Rex Pneus, o desaparecimento de trilhas sonoras da cidade e, em nossa opinião o mais brilhante crítico de cinema da nova geração, colaborador de O ESTADO, Arnaldo integra aquele grupo de amigos leais e bons caráter.
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Adeus, Arnaldo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de fevereiro de 1975
O assassinato frio, brutal, incompreensível à luz da razão, do industrial Arnaldo Fontana parece vir, de uma forma trágica, confirmar o velho adágio de que os bons morrem cedo. Ou, como disse Ernest Hemingway (1898-1961) " aos que trazem muita coragem neste mundo, o mundo quebra a cada um deles e eles ficam mais fortes nos lugares quebrados. Mas aos que não se deixam quebrar, o mundo mata-os. Mata os muitos bons, os muitos meigos, os muitos bravos - imparcialmente. Se não pertenceis a nenhuma desta categoria, morrereis da mesma maneira, mas não haverá pressa nenhuma em matar-vos".
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Jornalismo & Política
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de março de 1977
"A Honra Perdida de Uma Mulher"(cine Condor, 5 sessões, somente até sexta-feira) está na categoria dos grandes filmes-debate, que justificariam que os coordenadores dos cursos de comunicação social das nossas Universidades o incluíssem como de visão obrigatória para os estudantes, seguidos de exaustivas mesas redondas, Acredito, mesmo, que desde o clássico "A Montanha dos Sete Abutres" (The Big Carnival ou Ace in The Hole, 1951), de Billy Wilder, o cinema não apresentou uma análise tão cáustica do jornalismo sensacionalista, irresponsável e capaz de causar vítimas.
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Uma grande mulher
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de março de 1977
A velha frase de "por trás de um grande homem existe sempre uma mulher admirável", confirma-se mais uma vez : o conselho deliberativo e fiscal do Instituto Cultural Brasileiro - Germânico Goethe Institut, reconheceu, oficialmente, o esforço que a professora Heidi Lied, vem fazendo para que a instituição, dirigida por seu marido, Helmut Lied, possa concretizar toda sua extensa programação.
Sequência frustrada
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de janeiro de 1975
Mais uma prova de que um dos piores vícios comerciais do cinema é dar sequência a um filme de sucesso é "paul e Michelle" (cine Lido, até sexta-feira em exibição).
Musas... de Chuteiras... (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de janeiro de 1975
Em seu deliciosamente irônico "Musa de... Chuteiras..." (edição do autor, 1938), Fábio Júnior dedica poesias a 14 "astros do futebol paranaense" na época, alguns já falecidos: Gabardinho (Elysio Gabardo), André Kupchak (Dula), Rodolpho Patesko, José Fontana (Rey), Ajolilo Buzetti Bambú), o lendário Caju (Alfredo Gottardi), Theodorico Pizzatto (o Tank), Uriel Fernandes (Teleco), Luiz Andretta, João Carnieri, Parahilio Borba (o Borbão), Francisco G. Bahr (Francisquinho), Ary Carneiro e Esteliano Pizzatto.
A ponte de Cassavetes
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de julho de 1974
"Nesta Cidade
De 2 milhões de habitantes
Estou sozinho no quarto
Estou sozinho na América"
("A Bruxa", Carlos Drummond de Andrade).
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A Cidade & O Tempo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de junho de 1974
Há 10 anos, exatamente, um grupo de universitários reunia-se para apresentar no auditório da Reitoria um espetáculo que, na época, se constituiu na mais válida manifestação artística e, curiosamente, até hoje não teve o seu êxito suplantado por nenhuma outra promoção semelhante. E nesta década, muitos outros movimentos musicais poderiam ter motivado novas realizações semelhantes, o que nos leva a constatar que falta liderança ou, o que é mais grave, boas idéias entre a garotada, hoje com suas preocupações voltadas a outros setores musicais mais estridentes e menos brasileiros.
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Cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de março de 1974
Dentro de um velho e aristocrático casarão ingles, cheio dos mais complicados jogos e brinquedos mecânicos, Joseph L. Mankiewics situou os dois únicos personagens do seu cerebral e delicioso último filme << Jogo mortal >> (Sleuth, 1972) Baseado numa peça teatral de Anthony Shaffer, também o autor do roteiro, Mankiewicz mergulha numa sinuosa e excessivamente dialogada análise do relacionamento de um velho escritor de novelas policiais com o amante de sua coquete e fútil mulher, um cabeleireiro de origens parte italiana e parte britânica.
Música Popular
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de março de 1974
"Quando se diz que a bossa nova foi o movimento mais importante verificado em nossa música popular nos últimos anos, o que se leva em conta não é apenas a modificação que ela provocou nos rumos da MPB, mas possibilidade que abriu para que aparecessem alguns dos nossos melhores compositores de todos os tempos. Carlos Lyra, sem duvida nenhuma é um deles. A sua importância não se restringe aos limites da bossa nova; o seu nome, historicamente, é tão importante quanto os mais importantes nomes da música popular brasileira".
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