Manuel Bandeira
E o "Autor" volta com o "Furacão" de Sartre
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de maio de 1986
Rubem Braga, o admirável cronista que na semana passada esteve em Curitiba participando do projeto Encontro Marcado, patrocinado pela IBM Brasil e organizado pelo jornalista Araken Távora, fala sempre, com carinho, de suas experiências de editor - que iniciou no virar dos anos 60, ao lado de seu amigo Fernando Sabino, com uma editora que se chamava "Do Autor", por pretender restringir-se apenas a um pequeno grupo de escritores, cansados de serem roubados por editores desonestos. Só que a experiência foi tão bem sucedida, a Editora do Autor cresceu tanto que de repente era uma empresa forte.
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Artigo em 16.05.1986
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de maio de 1986
O poeta e professor Leopoldo Scherner, nascido em São José dos Pinhais em 1919, é o próximo Cidadão Honorário de Curitiba, com certeza. O projeto de lei nesse sentido foi apresentado pelo vereador Jorge Bernardi. A homenagem vai vir com muito atraso. Mas antes tarde do que... já dizia o ditado popular. Scherner, além de estimado professor e um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, é também poeta. Em recente edição dominical do "Almanaque" ele trouxe uma contribuição importante para a literatura: suas lembranças de um ex-professor, o poeta Manuel Bandeira.
As vozes dos poetas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de fevereiro de 1986
"Foram dados na minha boca
os beijos de todos os encontros,
Acenaram no meu coração os lenços
de todas as despedidas"
("Passagem das Horas", Álvaro de Campos)
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As muitas releituras de Villa-Lobos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de fevereiro de 1986
A perenidade de Heitor Villa-Lobos, cujo centenário de nascimento (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887) já começa a merecer programações antecipadas, se faz sentir nas múltiplas revisões de sua obra. Quatro excelentes LPs, cada um à sua maneira, mostram a grandiosidade da música desse compositor falecido há 27 anos (17/11/1959) e que deixou uma obra imensa, perpetuada no Museu com o seu nome - até o ano passado dirigido por sua viúva, dona Mindinha, uma das perdas de 1985.
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Maysa, ainda e sempre a emoção do amor
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de janeiro de 1986
"Os olhos de Maysa
são dois não sei que
dois não como digo
dois oceanos
não pacíficos.
Maysa são dois
olhos e uma boca."
(Manuel Bandeira)
Maravilhoso CDA, em prosa e verso
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de janeiro de 1986
Feliz de um país que tem um poeta como Carlos Drummond de Andrade. Aos 83 anos, três livros recém-publicados, o maior nome das letras continua em sua lucidez e ternura - hoje menos avesso às entrevistas como no passado. Um novo livro infantil - novamente em parceria com seu amigo Ziraldo - e dois de crônicas, que se somam ao "Amar se Aprende Amando", lançado já há algum tempo.
Poucos viram os curta-metragens
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de novembro de 1985
Praticamente poucos espectadores assistiram aos curta-metragens em competição. Nas sessões da manhã eram exibidos exatamente às 8 horas, quando poucos dos madrugadores espectadores na Sala Glauber Rocha do Hotel Nacional haviam chegado. A noite, eram também projetado antes do início do filme na sessão das 18 horas - também com os espectadores ainda chegando e procurando lugares. Assim, não se deu aos curtas o tratamento que mereceriam.
Pornografia nos textos de Boris
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de agosto de 1985
Um dos motivos que levaram a Brasiliense a um local de destaque no competitivo mercado editorial é a audácia em seus lançamentos. A série "Circo de Letras", por exemplo, traz autores contemporâneos ou do passado com obras que, no mínimo, provocam comentários positivos ou negativos de quem leu ou ainda quem não leu, mas pretende ou promete ler. O francês Boris Vian, tachado de "mestre da pornografia" e "monstro da perversidade", tem a sua polêmica obra reunida no volume "Escritos Pornográficos (tradução do Heloisa John, 92 páginas, Cr$ 17.020).
A poesia de Aranha e de Marcus Accioly
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de março de 1985
A poesia é necessária e, felizmente, bons autores se revezam. Desde clássicos até novos talentos - todos sempre merecedores de saudação com entusiasmo. Por exemplo, somente agora, mais de 60 anos depois de escritos, podemos conhecer os poemas de Luís Aranha. Paulistano, nascido em 1901, Aranha começou a escrever aos 20 anos. Misteriosamente abandonou a poesia e ingressou na carreira diplomática em 1922. Nunca mais escreveu e seus poemas foram quase esquecidos.
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Stsasiak é o 2 melhor no concurso de poesia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de agosto de 1984
DIA 10 de setembro próximo na sede da União Nacional dos Servidores Públicos o poeta paranaense Mário Stasiack recebe importante prêmio. Entre mais de dois mil concorrentes, um conjunto de poesias de Stasiack foi premiado, em segundo lugar, no I concurso Nacional de Poesia Vinicios de Moraes , cujos três primeiros lugares couberam a poetas fora do eixo Rio -São- Paulo. O primeiro foi conferido a um poeta maranhence e, a um cearense. A comisão julgadora compunha-se de seis nomes de grande expressão: Ferreira Gullar, Geir Campos, Moacir Felix, Olga Savaly, Nelson Werneck