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Os filmes do mercado (II) - Da Bulgária a Nova Zelândia, os filmes que ninguém conhece

O cinema do Leste europeu, de repúblicas populares que tem fortes indústrias cinematográficas, também começa a se expandir, ao menos em amostragens. Embora no Brasil, embaixadas de alguns países socialistas só agora comecem a organizar ciclos informativos, a abertura de canais para possíveis negociações de filmes da Bulgária, Checoslováquia, Polônia e outros países - como o mercado paralelo do FestRio - mostra o interesse crescente em que um outro lado do mundo chegue as nossas telas.

Afinal, vamos provar o Sonho de Valsa da Ana

O cinema brasileiro ocupa espaço privilegiado dentro da amplíssima programação do IV FestRio (19 a 28 de fevereiro) não só através de dois filmes em competição - "Sonho de Valsa", de Ana Carolina (que será exibido no sábado, 21) e o documentário "Memória Viva", de Octavio Bezerra (programado para sexta-feira, 27) - mas também do "Panorama do Cinema Brasileiro" com longas metragens recentes, além de filmes nas mostras paralelas e três curtas em competição: "A mulher Fatal Encontra o Homem Ideal", de Carla Camurati, "Cidadão Jatobá", de Maria Luísa Aboim e "O Bebê", de Ana Maria Mag

No campo de batalha

O FestRio também dá sua contribuição para que a música criativa de Cuba seja conhecida no Brasil. Arturo Sandoval, 38 anos, 25 de música, um dos mais elogiados pianistas da Ilha de Fidel, trouxe seu grupo para fazer apresentações no Hotel Nacional durante o festival.

A negritude presente nas telas do FestRio

A ausência de "Cry Freedom" na sessão de abertura do FestRio não impediu que esta quarta edição fosse marcada pela solidariedade a África do Sul, com homenagens ao casal Mandela. Entretanto, foi lamentável que a Universal Picture e os produtores desta superprodução tivessem poucos dias antes da abertura da mostra, vetado a vinda de "Cry Freedom" para abrir o Festival.

IV FestRio decolou; um Boeing de imagens visuais está no ar

"Freedom Cry", novo filme de Sir Richard ("Ghandi") Athenborough, que tem por tema os conflitos raciais na África do Sul, não pode vir para a abertura, hors concours do IV Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro (Sala Glauber Rocha, Hotel Nacional), mas a substituição foi à altura: "Au Revoir Les Enfants", o emotivo filme que marca o retorno de Louis Malle a França após 11 anos de EUA - e que recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, há apenas dois meses.

Até copião vale para mostrar cinema brasileiro no FestRio

Rio de Janeiro - Desde 1984, quando da primeira edição do FestRio, a sua direção sempre se preocupou em prestigiar ao máximo o cinema brasileiro. O espaço internacional deste maior festival de cinema, televisão e vídeo da América do Sul não prejudica o nosso cinema. Ao contrário, abre imensas perspectivas, não só na participação de filmes em competição, mas também nas mostras paralelas e, especialmente o mercado com a Embrafilme e produtores independentes tentando negociar suas produções.

"Reencontro", o poema da farsa abolicionista

Ele é ainda pouco conhecido fora de circuitos específicos: MAZINHO (não confundir com o nosso Carlos Fernando Mazza, o "Mazinha", que é animador cultural). Mazinho foi o poeta convidado para subir ao palco da Sala Glauber Rocha, na abertura do FestRio, e ler o seu poema em homenagem ao casal Mandela. Bom de papo, o poeta fez mais: ao dedicar o pema "Reencontro" não só ao Mandela, mas também "À farsa existente, subliminarmente, em relação a raça negra.

No campo de batalha

Claudia Ohana, a mais nova sensação do cinema brasileiro - e já com carreira internacional - virou a musa das sessões secretas do festival da meia-noite na Sala Glauber Rocha: no domingo e segunda feira, ela aqui esteve, linda e sorridente, vendo os dois filmes nos quais interpreta o principal papel: "A Fábula da Bela Palomeira", dirigida pelo seu ex-marido, Ruy Guerra e "Luzia Homem", de Fábio Barreto.

"Luz", uma iluminada obra-prima africana

Com exceção do curta de 5 minutos "Não Mataram o Sonho de Patrício", no qual Camilo de Sousa e Ismael Vuvo mostram os esforços de uma criança, que tendo perdido os dois braços, vítima de bandidos, continua a estudar, o cinema africano não teve maior participação competitiva do FestRio. O curta de Moçambique ganhou premiação do Centro Internacional do Filme para a Infância e Juventude, mas foi pouco visto, já que teve apenas uma projeção.
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