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Denise, uma medea-rock no Forte de Copacabana

Em Nova Iorque, onde foi assistir a estréia da ópera "Aida", no Metropolitan Opera House (e que é exatamente uma cópia da que foi apresentada no Rio de Janeiro, em 1986), o trêfego Fernando Bicudo revelou a jornalista Sônia Nolasco, do Jornal da Tarde, seu novo projeto: uma montagem moderníssima de "Medea" com a iratiense Denise Stocklos na personagem título. Aliás, Denise está novamente em Nova Iorque, para uma nova temporada no Teatro La Mama, no qual já fez apresentações em 1987, com sucesso, de "Mary Stuart" e, no início deste ano - sem o mesmo êxito - de uma versão de "Ir-A-Ti".

Casamento dos Trapalhões, Terra da Magia e premiado filme com o Oscar

Há duas semanas do final de ano, já em fase de se preparar a listagem dos melhores, a programação cinematográfica entra em período de férias. São os filmes de grande apelo popular, voltados especialmente para a faixa infantil, que têm seus lançamentos: "O Casamento dos Trapalhões" em três salas (São João/Plaza/Lido I). "Willow - na terra da magia" (Condor) e mesmo uma comediota também na faixa jovem. "Águas perigosas" (Cinema I). "A última tentação de Cristo", apesar de não ter atingido em suas quatro primeiras semanas sequer a 6 mil espectadores, continua em exibição no Lido II.

Grande gênio do Bandoneon

É possível que Astor Piazzolla apresente-se no Teatro Guaíra ainda no primeiro semestre. Em duas vezes, dentro de duas excursões ao Brasil, o maior nome do bandoneon incluiu a nossa cidade em seu roteiro. E todas as vezes em que passou pelo nosso país, Piazzolla tem merecido os maiores aplausos, pois o tempo só faz com que a sua arte musical cresça.

Os filmes brasileiros para 1989 / Cineastas preparam lote para 89, apesar do péssimo 88

O curitibano Mauro Alice, considerado um dos melhores montadores do cinema brasileiro (há dois anos, em Los Angeles, fez a edição de "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco), encontra-se há mais de um mês no Rio de Janeiro, dando a forma final ao novo filme de Sérgio Resende - "Eu sem juízo, ela doida demais". Depois de "O homem da capa preta" (1986), Resende volta-se a uma ficção, rodada em Barreiras, rica cidade no Interior da Bahia (graças a cultura de soja), na região dos garimpos da Amazônia matogrossense e ainda no Rio de Janeiro.

Um belo filme inglês e visões da África do Sul

Rio de Janeiro - Nos grandes festivais internacionais de cinema - Cannes, Veneza, Berlim e Moscou, na categoria A, como o FestRio, as mostras paralelas, com filmes não competitivos, trazem sempre obras tão - ou mais - atraentes do que os que estão em competição. Dentro desta abertura, Ney Sroulevich, desde a primeira edição do FestRio, há 5 anos, preocupou-se em que as mostras paralelas fossem as mais abrangentes.

Uma chance de conhecer o novo cinema soviético

Poucas estréias mas, em compensação, mais um festival de filmes inéditos, vindos para exibições especiais. Desta vez "O cinema soviético dos anos 80", oportunidade para se conhecer o recente cinema da URSS, que começa a ter repercussão internacional - graças, especialmente, a política de abertura da era Grotchev e liberação de obras censuradas ao mesmo tempo que se possibilita aos realizadores maior liberdade de criação.

Um musical de Demy com o grande Yves Montand

Rio de Janeiro - Jacques Demy é identificado no cinema francês como uma espécie de Vicente Minelli do musical. Até o grande público lembra de "Os Guarda-Chuvas do Amor" (Les Parapluies de Cherboug), realizado há 25 anos, com um dos mais belos momentos do cinema - no qual as canções substituíram totalmente os diálogos, numa história plena de beleza.

"Romance" com gente humilde

A premiação que acaba de receber no 10º Festival do Cinema Latino Americano de Havana, encerrado no último fim de semana, talvez ajudasse a carreira de "Romance da Empregada" neste seu retorno ao Cine Ritz - e no qual atraiu menos de 500 espectadores ao longo de uma semana. Mais uma vez o público desprezou um filme interessante/importante, que em termos de marketing, sofre um problema capital: não é uma obra sobre pessoas e ambiente bonitos.

A generosidade do júri fez algumas injustiças

O júri da categoria de 35mm, presidido pelo compositor Dori Caymmi, foi generoso na divisão de premiações. De uma posição radical que o próprio Dori defendeu no início - não conceder nenhuma premiação aos longas, por considerá-los de baixa qualidade - a (discutível) abertura de várias premiações duplas, concentração de prêmios e - grande injustiça - a não concessão de premiações nas categorias de roteiro, música original e montagem.
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